1. (PUC-PR
2012) Sociologicamente,
o Estado contemporâneo não possui o monopólico da produção e de aplicação do
direito. O direito estatal dominante, afirma Boaventura Sousa Santos, convive
com outros modelos de juridicidade. O autor mostra, por exemplo, que o declínio
da litigiosidade civil não significa a diminuição dos conflitos sociais, mas o
desvio da solução de tais conflitos a outros mecanismos informais de poder mais
baratos e rápidos.
Visando
democratizar a aplicação do direito na sociedade as conclusões do autor ajudam
a:
A) Enfatizar que, ao
lado da justiça convencional, surgem instituições leves e desprofissionalizadas
com o objetivo de maximizar o acesso à justiça.
B) Legitimar e reforçar o
tipo de organização burocrática e hierarquizada, que caracteriza o atual modelo
de administração da justiça.
C) Apontar para a
necessidade de simplificar os atos processuais e incentivar à conciliação das
partes, mesmo que tais procedimentos prejudiquem algumas das partes em litígio.
D) Reforçar a necessidade
de o judiciário evitar (dentro dos processos) o maior envolvimento e
participação dos cidadãos como forma de acelerar o curso das sentenças
judiciais.
E) Abolir o atual modelo
de organização do Judiciário por considerá-lo lento, injusto e moroso na
prestação da justiça.
2.
(FADESP 2008)
Para Boaventura de Sousa Santos, a globalização econômica é sustentada pelo
pela)
A) emergência de blocos
locais.
B) consenso econômico
neoliberal.
C) liberação estatal das
economias nacionais.
D) independência dos
Estados nacionais em relação às agências multilaterais.
3. (CEPERJ-2013) Boaventura Santos, na
obra “Pela Mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade”, afirma que,
do ponto de vista sociológico, a década de 1980 é para ser esquecida, devido à:
A) ausência de trabalhos
de pesquisa sociológica de envergadura nesse período.
B) crise do
Estado-providência e ao agravamento das desigualdades sociais e dos processos
de exclusão.
C) solução da crise
capitalista pela valorização das mercadorias no plano internacional e pelo
incremento das ajudas externas aos países periféricos.
D) perda do objeto de
estudo no campo sociológico.
E) procura pela
sociologia por novos paradigmas de metodologia da pesquisa.
4.
(FUNCAB 2012)
Boaventura de Souza Santos, com base no paradigma “todo conhecimento é local e
total”, resgata o papel do senso comum na ciência moderna. Sobre essa questão:
A) A ciência
pós-moderna, ao ‘sensocomunizar-se’, foca o conhecimento em autoconhecimento,
em sabedoria de vida, na valorização da diversidade, e não apenas na produção
tecnológica.
B) O global se apropria
do discurso do senso comum, em benefício próprio em prol da
transdisciplinaridade.
C) O poder local
apropria-se do discurso global mudando as relações em prol da pluralidade e
beneficiando interesses particulares no contexto plural.
D) A ciência apropria-se
do saber local, para uso de novas tecnologias, sendo esta relação visível na
relação tecnologia e meio ambiente.
E) Local e global se
mesclam num contexto plural, transformando o senso comum em benefício de uma
ciência transdisciplinar cujo objetivo é o amplo avanço nas tecnologias no
interior, abrangendo, inclusive, as terras indígenas.
5.
(FUNDEP 2014)
Em sua comparação entre as ciências naturais e as ciências sociais, Boaventura
Santos propõe que
A) o modelo de
racionalidade científica do positivismo cunhado nas ciências naturais é
adequado a uma ciência social pós-moderna.
B) não há diferenças
metodológicas entre ciências naturais e ciências sociais.
C) o modelo de
racionalidade científica do positivismo cunhado nas ciências naturais não é
adequado a uma ciência social pós-moderna.
D) as ciências sociais
não devem ser tratadas como “ciência” mas, sim como um desdobramento do
conhecimento filosófico.
GABARITO
1:A - 2:B - 3:B - 4:A -5:C
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