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Questões sobre conceitos filosóficos II



1. (FCC 2016) Há posições diversas sobre a função da arte na vida dos seres humanos. Uma dessas discussões diz respeito à sua função social. Afirma-se, em certas posições que a arte não tem função além dela própria. A arte é pela arte. Em outras que ela tem a função consciência crítica a respeito do que não é justo, por exemplo, nas sociedades. Segundo Chauí (2003, p. 288) “As duas concepções são problemáticas. A primeira porque imagina o artista e a obra de arte como desprovidos de raízes no mundo e livres das influências da sociedade sobre eles – o que é impossível. A segunda porque corre o risco de sacrificar o trabalho artístico em nome das “mensagens” que a obra deve enviar à sociedade para mudá-la, dando ao artista o papel de consciência crítica do povo oprimido”.
Segundo o texto,
A) a arte nada tem a ver com a sociedade. A arte tem finalidade em si mesma.
B) os debates sobre funções da arte são inúteis.
C) artistas não devem e não podem veicular mensagens sociais através da arte.
D) ambas as posições são problemáticas. Mas, não se pode negar que artista e arte sempre têm raízes na sociedade e dela sofrem influências.
E) o artista deve ser sempre a consciência viva dos problemas sociais.


2. (IDECAN 2016) Os filósofos racionalistas representaram uma das vertentes da filosofia moderna. Dentre eles, Baruch Spinoza possui um pensamento peculiar a respeito de Deus. Assinale a alternativa referente à concepção teológica de Spinoza.
A) Deus está morto, e ainda há pessoas que não acreditam e nem compreenderam isso.
B) Deus é um pai maldoso e intolerante, ao mesmo tempo que ama e age com misericórdia.
C) Deus não é uma causa externa à realidade, pois se manifesta através das leis da natureza e só através delas.
D) Deus é um ser que vive somente nas concepções da alma humana. É transcendente à natureza antropológica.


3. (Colégio Pedro II 2016) (...) a arte fica amputada de todo o conteúdo e supõe-se no seu lugar um elemento tão formal como a satisfação. Bastante paradoxalmente, a estética torna-se para Kant um hedonismo castrado, prazer sem prazer, com igual injustiça para com a experiência artística, na qual a satisfação atua casualmente e de nenhum modo é a totalidade, e para com o interesse sensual, as necessidades reprimidas e insatisfeitas...
ADORNO, Theodor. Teoria estética. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.371-372.
Considerando essa crítica de T. Adorno à concepção estética de Kant, pode ser afirmado que
A) o Belo é algo noumênico que requer desprendimento das intuições sensíveis a priori apresentadas na Estética Transcendental.
B) as obras de arte não são imediatamente realizações de desejos, mas transformam a libido primeiramente insatisfeita em realização socialmente produtiva.
C) a satisfação desprovida do interesse, como este é entendido por Kant, torna-se satisfação de algo tão indefinido que não serve para nenhuma definição do Belo.
D) as obras de arte, mesmo sublimadas, pouco diferem de representantes das emoções que tornam aquelas irreconhecíveis por uma espécie de trabalho onírico.


4. (Colégio Pedro II 2016) Pois se as coisas futuras e passadas existem, quero saber onde estão. Se ainda não posso sabê-lo, sei ao menos que, onde quer que estejam, ali não são futuras nem passadas, mas presentes. Pois se também ali forem futuras, ali ainda não estão, e se ali forem passadas, ali já não estão. Portanto, onde quer que estejam, o que quer que sejam, não são senão presentes.
(AGOSTINHO. Confissões. Livro XI. In: MARÇAL, Jairo (org.). Antologia de textos filosóficos. Curitiba: SEED, 2009. pp. 42)
Agostinho declara, no livro citado de suas Confissões, o desconhecimento sobre a natureza do tempo.
O trecho reproduzido remete a uma hipótese levantada pelo autor de que
A) o futuro é tornado presente pela mente que antecipa uma ação e o passado é trazido para o presente pela memória.
B) a transformação do futuro em presente e este em passado é fruto da corrupção de que todas as coisas materiais sofrem.
C) o passado e o futuro não existem, sendo ambos gerados do não-ser e reconduzidos ao mesmo pela passagem do tempo.
D) os fatos passados podem ser conhecidos dos homens, pelo recurso à História, ao passo que o futuro só existe na mente divina.


5. (Colégio Pedro II 2016) Aqui, nesse perigo supremo da vontade, aproxima-se a arte , como feiticeira salvadora, como feiticeira da cura; somente ela é capaz de converter aqueles pensamentos nauseantes acerca do terrível ou absurdo da existência em representações com as quais se pode viver: são elas o sublime enquanto aplacamento artístico do terrível, e o cômico enquanto descarga artística da náusea do absurdo.
NIETZSCHE, O nascimento da tragédia. In: DUARTE, Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.247.
Considerando o texto, pode-se afirmar que, para Nietzsche, a arte
A) ilude o pensamento sobre o sublime e o cômico da existência, desmotivando o desejo de viver.
B) é desnecessária e indesejável para a vontade forte que suporta o terrível e o absurdo da existência.
C) despreza as representações do sublime e do cômico por corresponderem aos pensamentos sobre o terrível e o absurdo da existência.
D) converte em representações, como a de sublime e a de cômico, os pensamentos sobre o terrível ou o absurdo do ser, os quais são o perigo supremo da vontade.


GABARITO
1:D - 2:C - 3:C - 4:A - 5:D



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