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Questões sobre Florestan Fernandes


1. (FADESP 2017) Para Florestan Fernandes e Octávio Ianni, as relações econômicas, políticas e sociais no Brasil podem ser vistas como
A) relações de acolhimento entre patrões e classes subalternas.
B) relações conciliadoras entre as elites e as minorias raciais, étnicas.
C) relações de alteridade entre negros, índios e as classes subalternas de um modo geral.
D) relações democráticas e igualitárias entre os grupos dominantes e as classes subalternas, entre as quais os indígenas e os quilombolas.


2. (FGV 2010) O livro Fundamentos empíricos da explicação sociológica é de autoria de
A) Otávio Ianni.
B) Florestan Fernandes.
C) Fernando Henrique Cardoso.
D) Antônio Cândido.
E) Gilberto Velho.


3. (CESPE 2010) No que se refere ao racismo no Brasil, assinale a opção correta.
A) Após os golpes de estado de 1964 e 1968, o mito da democracia racial continua a servir como ideal ou inspiração na sociedade brasileira.
B) A formulação de Gilberto Freire sobre o país constituir uma democracia social foi, historicamente, rejeitada no Brasil.
C) Para Florestan Fernandes, o racismo mascarado desempenhou importante papel na manutenção das desigualdades na sociedade brasileira.
D) A existência de mobilidade social e de abertura racial significa ausência de preconceitos e de discriminação, conforme Florestan Fernandes.
E) O racismo brasileiro deve ser lido como reação à igualdade legal entre cidadãos formais e informais que se instalou com o fim da escravidão.


4. (UEMA 2017) A ideia da existência de uma democracia racial no Brasil foi desconstruída pelos estudos de Florestan Fernandes, sobretudo, em seu livro A integração do negro na sociedade de classes. Nesta obra de 1965, o autor argumenta que a democracia racial na sociedade brasileira é um mito na medida em que a abolição da escravatura libertou os negros “oficialmente”, mas não os incluiu na sociedade como cidadãos, mantendo, assim, a discriminação e a submissão da população negra aos brancos, permanecendo, portanto, as desigualdades sociais entre negros e brancos.
A democracia racial no Brasil, de fato, ainda se constitui como um mito, identificado na fala cotidiana brasileira com expressões de preconceito racial, a exemplo de
A) “Vamos acabar com essa negrinhagem”; “serviço de preto”; “Respeito à diversidade”.
B) “Cabelo de palha de aço”; “Todas as pessoas nascem iguais.”; “Lápis cor de pele”.
C) “Nasceu com um pé na cozinha”; “Inveja branca”; “A primeira igualdade é a justiça”.
D) “Da cor do pecado”; “Ser diferente é legal”; “Não sou tuas negas”.
E) “A coisa tá preta”; “Cabelo ruim”; “Negro de alma branca”.


5. (CESPE/CEBRASPE) Em O negro no mundo dos brancos , Florestan Fernandes defende que uma das maneiras de se compreender a democracia racial no Brasil é por meio do entendimento do solapamento e da neutralização dos movimentos sociais voltados para a democratização das relações raciais e para o fortalecimento das técnicas de acefalia dos estratos raciais heteronômicos ou dependentes.
Considerando-se essa concepção e as ideias do referido autor, é correto afirmar que a democracia racial no Brasil é
A) incoerente, já que os princípios que a orientam se assentam na divisão de classes sociais, e não de raças.
B) inconsistente, dado que os indivíduos em condição de exceção ajudam a confirmar a regra e elaboram os interesses da coletividade negra.
C) falsa, uma vez que negros e mulatos são socializados para tolerar, aceitar e endossar as formas existentes de desigualdade racial.
D) disforme, pois, conforme o contexto regional, há maior ou menor grau de democracia e aceitação do negro na sociedade dos brancos.
E) inexistente, visto que há a invisibilidade social do branco e o destaque dos papéis sociais das minorias, notadamente, dos negros.



GABARITO
1:C - 2:B - 3:C - 4:E - 5:C



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