1. (IFB 2017) Kant resume a lição básica da estética e da analítica transcendental ao
afirmar que “as condições da possibilidade da experiência em geral são, ao
mesmo tempo, as condições da possibilidade dos objetos da experiência” (Crítica
da Razão Pura, A 158/B 197).
Assinale a alternativa que apresenta a
consequência desta lição.
A) Podemos
conhecer alma como se esta fosse um objeto de experiência.
B) Podemos
conhecer a extensão espacial e temporal do universo como se fosse um objeto de
experiência.
C) Podemos
conhecer as coisas elas mesmas quando as colocamos numa experiência.
D) Podemos
conhecer os objetos que estamos aptos a experimentar, aqueles que nos aparecem,
e não as coisas em si mesmas e que estão para além da nossa experiência.
E) Podemos
conhecer dialeticamente as ideais regulativas enquanto princípios constitutivos
da experiência possível.
2. (SEDUC - CE 2016) Leia o fragmento abaixo.
“[…] as condições da possibilidade da
experiência em geral são, ao mesmo tempo, condições da possibilidade dos
objetos da experiência e têm, por isso, validade objetiva num juízo sintético,
a priori”.
Kant, Crítica da Razão Pura.
Essa afirmação implica em uma grande
reviravolta na teoria do conhecimento moderno, impulsionada pelo modo como Kant
defendeu
A) a relação de
interdependência entre os sentidos e a razão e, ao mesmo tempo, entre os juízos
analíticos e sintéticos, como via de acesso à verdade.
B) o papel das
questões metafísicas acerca do Ser e da alma, como aspectos fundantes da
filosofia transcendental.
C) a estrutura
transcendental dos fenômenos como condição de serem intuídos pela razão pura.
D) a conciliação
entre os projetos racionalista e empirista de fundamentação do conhecimento,
como possibilidade de conhecimento das coisas em si.
E) a
coincidência entre as capacidades de perceber e entender, inerente ao sujeito,
e à própria estrutura da realidade.
3. (CEPERJ 2013) Immanuel Kant dedicou sua Crítica da razão
pura à questão do conhecimento. De acordo com o que escreve o filósofo alemão
na abertura da parte sobre a “razão em geral" desta obra, todo o nosso
conhecimento começa:
A) na razão, vai
daí aos sentidos e termina no entendimento.
B) na razão, vai
daí ao entendimento e termina nos sentidos
C) no
entendimento, vai daí à razão e termina nos sentidos.
D) nos
sentidos, vai daí ao entendimento e termina na razão.
E) nos sentidos,
vai daí à razão e termina no entendimento.
4. (UFMT 2016) Segundo Kant, na obra Metafísica dos costumes, as leis da liberdade
dizem respeito à filosofia prática e as leis da natureza dizem respeito à
filosofia teórica. Sobre as leis da liberdade, Kant afirma: “Na medida em que
elas dizem respeito apenas às ações exteriores e sua conformidade a leis,
chamam-se jurídicas, mas se exigem também que essas mesmas devam ser os
princípios de determinação das ações, elas são éticas, e diz-se: o acordo com
as primeiras é a legalidade das ações, o acordo com as segundas, a moralidade
das ações”.
Sobre as concepções de leis em Kant, marque V
para as verdadeiras e F para as falsas.
( ) A legalidade de uma ação está em concordância
com as leis jurídicas.
( ) O princípio de determinação da ação moral
concerne às leis da natureza.
( ) As leis da natureza e as leis da
liberdade concernem à filosofia prática.
( ) A moralidade de uma ação está em concordância
com as leis éticas.
Assinale a sequência correta.
A) F, V, F, F
B) F, F, F, V
C) V, F, F, V
D) V, V, V, F
5. (Colégio Pedro II 2016) (...) a arte fica amputada de todo o conteúdo e supõe-se no seu lugar
um elemento tão formal como a satisfação. Bastante paradoxalmente, a estética
torna-se para Kant um hedonismo castrado, prazer sem
prazer, com igual injustiça para com a experiência artística, na qual a
satisfação atua casualmente e de nenhum modo é a totalidade, e para com o
interesse sensual, as necessidades reprimidas e insatisfeitas...
ADORNO, Theodor. Teoria estética. In: DUARTE,
Rodrigo. O belo autônomo. Belo Horizonte: Autêntica/Crisálida, 2012. p.371-372.
Considerando essa crítica de T. Adorno à
concepção estética de Kant, pode ser afirmado que
A) o Belo é algo
noumênico que requer desprendimento das intuições sensíveis a priori
apresentadas na Estética Transcendental.
B) as obras de
arte não são imediatamente realizações de desejos, mas transformam a libido
primeiramente insatisfeita em realização socialmente produtiva.
C) a
satisfação desprovida do interesse, como este é entendido por Kant, torna-se
satisfação de algo tão indefinido que não serve para nenhuma definição do Belo.
D) as obras de
arte, mesmo sublimadas, pouco diferem de representantes das emoções que tornam
aquelas irreconhecíveis por uma espécie de trabalho onírico.
GABARITO
1:D - 2:E - 3:D - 4:C - 5:C
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