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TEXTO IV – HINDUÍSMO: RIO GANGES


TEXTO IV – HINDUÍSMO: RIO GANGES
Küng (2004) diz que para o Hinduísmo os rios são considerados sagrados, porém não existe nenhum rio mais importante nem mais sagrado do que o Ganges. Vamos conhecer um dos mitos relacionados a esse rio?
Um dos mitos sobre o surgimento do rio Ganges conta que o Rei dos Oceanos, muito forte e poderoso, conseguiu massacrar todos os demônios da Terra. Certa vez ele fazia um ritual de sacrifício de um cavalo para proclamar sua supremacia sobre outros Deuses. Então Indra, o Deus da Chuva, ficou com medo de perder seu poder e roubou o cavalo do Rei dos Oceanos e o amarrou ao lado de Kapil, um sábio que meditava.
O Rei dos Oceanos mandou seus 60 mil filhos procurarem o cavalo. E eles assim o fizeram. Encontraram o cavalo ao lado do sábio que meditava. Pensaram ter encontrado o ladrão e conspiraram contra ele. Ao sair de sua meditação Kapil viu que iriam lhe fazer mal, então reduziu os 60 mil filhos do Rei dos Oceanos a cinzas.
O neto do Rei correu para contar ao avô o que aconteceu. Ele se chamava Anshuman, e foi ele quem trouxe o cavalo de volta. Bem, o único jeito para que os filhos do Rei chegassem até a abóbada celeste seria se Ganges descesse do céu até a terra, para que as águas pudessem purificar as cinzas de seus filhos. Mas Anshuman não conseguiu e então foi até o Himalaia e começou a meditar. Foi aí que Ganges (a Deusa Ganga) lhe apareceu em seu corpo físico e concordou em descer até a Terra desde que alguém pudesse amortecer o impacto de sua poderosa queda, pois ele era tão forte e imenso que toda a Terra poderia ser destruída pelo impacto. Então o neto do Rei dos Oceanos implorou para que Deus Shiva suavizasse o impacto da descida do Ganges usando seus próprios cabelos. Assim foi... e o Ganges desceu pelos cabelos de Shiva até o lugar onde estavam as cinzas dos 60 mil filhos. Deste modo purificou suas almas e abriu o caminho deles para chegarem aos céus. (BIODIVERSIDADE Ambiental, 2008.)
A água do Ganges também é bebida e levada para casa, como água benta, para rituais domésticos ou no templo.
Fonte: ENSINO RELIGIOSO: Diversidade Cultural e Religiosa






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