1. (UECE) Para
Francis Bacon os ídolos são falsas noções que invadem o intelecto humano e
dificultam seu acesso à verdade. Conforme ele, os gêneros de ídolos que
dificultam o acesso à verdade são os seguintes:
A) ídolos da
tribo, ídolos das crenças, ídolos do foro e ídolos do teatro.
B) ídolos da
tribo, ídolos da caverna, ídolos do foro, ídolos do teatro.
C) ídolos do
teatro, ídolos dos mitos, ídolos da caverna e ídolos da praça.
D) ídolos das
crenças, ídolos dos mitos, ídolos da praça e ídolos da caverna.
2. (UECE) Se a
verdadeira realidade, para uma estética idealista, só se encontra para lá da
imediatidade da sensação e dos objetos externos. A partir do seguinte trecho da
Introdução à Estética, de Hegel, assinale com V a afirmação verdadeira e com F
a falsa:
“...toda a esfera da realidade interior e da
realidade exterior empíricas se deve chamar, num sentido mais forte do que o
reservado à arte, o mundo de mera ilusão e amarga decepção, e não mundo da
realidade. A verdadeira realidade só se encontra para lá da imediatidade da
sensação e dos objetos externos”.
( ) A
imediatidade das sensações revela o mundo como mera ilusão.
( ) A
realidade interior empírica é compreendida como amarga decepção.
( ) O
mundo da arte, aparência da verdade, revela o engano do cotidiano.
( )
Nessa citação, a esfera das realidades empíricas constitui-se elemento do
concreto verdadeiro.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte
sequência:
A) V, V, F, F.
B) V, F, F, V.
C) F, V. V, F.
D) F, F, F, V.
3. (IDECAN) A partir do Teeteto de
Platão, estabeleceu-se a tradição de definir o conhecimento como crença
verdadeira justificada. No século XX, foi apresentado um conjunto de
contraexemplos a esta fórmula. Nos casos apresentados, temos uma crença que é
verdadeira, cujo agente está justificado em tê-la. Mas a verdade da crença não
tem a relação apropriada com essa justificação, de maneira que é de certo modo
acidental, ou uma questão de sorte, que a crença seja verdadeira. Esses
contraexemplos ficaram conhecidos como
A) o problema da
demarcação.
B) hipótese de
Sapir-Whorf.
C) o problema de Getttier.
D) o paradoxo de
Goodman.
E) o problema de
Gauguin.
4. (IDECAN) Em
História da mentira: prolegômenos, Derrida diz: "Mentir não é enganar-se
nem cometer erro; não se mente dizendo apenas o falso, pelo menos se é de
boa-fé que se crê na verdade daquilo que se pensa ou daquilo acerca do que se
opina no momento. É o que lembra Santo Agostinho na abertura de seu De mendacio
(1) no qual, aliás, propõe uma distinção entre crença e opinião que poderia ser
para nós, ainda hoje, hoje de forma nova, de grande alcance. Mentir é querer
enganar o outro, às vezes até dizendo a verdade. Pode-se dizer o falso sem
mentir, mas pode-se dizer o verdadeiro no intuito de enganar, ou seja,
mentindo. Mas não mente quem acredita naquilo que diz, mesmo que isto seja
falso. Ao declarar: ‘Quem enuncia um fato que lhe parece digno de crença ou acerca
do qual formava opinião de que é verdadeiro, não mente, mesmo que o fato seja
falso’, Santo Agostinho parece excluir a mentira a si mesmo, e aqui está uma
pergunta que não nos deixará jamais: será que é possível mentir a si mesmo,
será que qualquer forma de enganar a si mesmo, de usar de subterfúgio para
consigo merece o nome de mentira?".
De acordo com o texto, podemos inferir que a
mentira não é o mesmo que o falso, pois
A) o falso
carrega uma intenção subjetiva do falante.
B) sempre que
mentimos dizemos algo que é falso.
C) a mentira
pode revelar a verdade pelo falante.
D) a mentira carrega uma intenção subjetiva
do falante.
E) o falso e a
mentira independem da intenção subjetiva do falante.
5. (FUMARC) Leia o argumento abaixo:
“Nenhum vegetariano come linguiça de porco.
Moby não come linguiça de porco. Portanto, Moby é vegetariano”. Embora todas as
proposições do argumento sejam verdadeiras, o argumento em seu conjunto é
inválido, pois a estrutura formal do argumento comete o erro de ter duas
premissas negativas e de duas premissas negativas nada se concluí. Além disso,
é lógico que Moby pode não comer linguiça de porco, mas comer outras carnes.
(BAGGINI, Julian. Você pensa o que acha que
pensa? Rio de Janeiro: Zahar, 2010, p. 53. Adaptado).
A partir da leitura do texto acima, a
diferença entre verdade e validade é:
A) Verdade diz respeito a um estado de coisas
no mundo e a validade diz respeito à estrutura formal do argumento, à sintaxe.
B) Verdade diz
respeito a conhecer quem é Moby e a validade diz respeito à força de persuasão
das proposições.
C) Verdade diz
respeito ao conhecimento científico e a validade diz respeito ao uso de duas premissas
negativas no argumento.
D) Verdade diz
respeito ao uso correto das regras do argumento e validade diz respeito à
sequência usada nas proposições.
E) Verdade diz
respeito somente às premissas usadas e a validade diz respeito ao fato de a conclusão
resultar dessas premissas.
GABARITO
1:B - 2:C - 3:C - 4:D - 5:A
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