1. (FCC) “Para
não se estabelecer uma univocidade conceitual ou qualquer outro tipo de
doutrinação teórico-valorativa que desrespeite a pluralidade de pontos de vista
filosóficos, os eixos visam a oferecer diretrizes claras e objetivas para a
prática docente e trazem uma abertura para opções teóricas, conceituais e de
aplicabilidades conforme a escolha do educador de filosofia. Cabe a esse fazer
continuamente uma checagem de qual a melhor estratégia didático-metodológica
para o processo de aprendizagem do filosofar”.
“A liberdade de opção teórico valorativa não
restringe seu papel formador (o da filosofia), muito pelo contrário, as
doutrinações é que podem sufocar a própria possibilidade do filosofar e,
paradoxalmente, impedir um diálogo com as outras disciplinas, principalmente
com as áreas de humanas”. Os dois excertos acima constam no documento
“Currículo Básico Escola Estadual, Ensino Médio, v. 3: Área Ciências Humanas”
(2009) na parte relativa à Filosofia do Estado do Espírito Santo. Considere as
afirmações abaixo.
I. Afirma-se que muita liberdade teórica e
valorativa atrapalha o papel formador da filosofia, visto que pode gerar
confusões conceituais e de opções nos jovens estudantes.
II. Qualquer tipo de doutrinação deve ser
banido do ensino de filosofia.
III. Cabe ao professor de filosofia, como
educador, checar quais os melhores conteúdos devem ser oferecidos aos alunos
afim de se garantir uma boa univocidade conceitual, cabível num processo
formativo de cunho filosófico.
IV. A filosofia, como um saber específico não
deve se preocupar com diálogos com as demais ciências, nem mesmo com as
ciências humanas.
V. A doutrinação é o que sufoca ou impede o
próprio filosofar e não a liberdade de escolhas teóricas e valorativas as
quais, por sua vez, não limitam o papel formativo da filosofia.
Está correto o que se afirma APENAS em
A) I e IV.
B) II e V.
C) I, IV e V.
D) I, III e IV.
E) III e IV.
2. (UECE) A
efetivação de uma cultura da sociabilidade, ou da intersubjetividade, pressupõe
que
A) há um conflito entre a educação para a
servidão e a educação para a liberdade.
B) uma vida sem
medo e sem estupidez é uma utopia impossível.
C) a estrutura
administrativa é neutra axiologicamente.
D) a burocracia
racional legal é instrumento suficiente.
3. (FCC)
Segundo a Proposta Curricular do Ensino Médio para Filosofia (cf. p. 7), o
ensino dessa disciplina nos séculos XX e XXI deve ir na contramão do modelo
positivista tão disseminado na cultura brasileira principalmente na década de
1960. Segundo o texto, ensinar filosofia, no final do século XX e começos do
século XXI, passa a significar formação crítica e torna-se um elemento decisivo
na redescoberta da educação para a cidadania .... Para isso, o texto propõe que
o ensino da filosofia deve ser realizado de forma a
A) buscar seu sentido original de paideia e a
se renovar com a pesquisa em História da Filosofia.
B) auxiliar os
alunos a entrarem para o mercado de trabalho.
C) concorrer com
as demais disciplinas do currículo escolar em termos de utilidade e tecnicidade.
D) encaixar o
aluno naquela figura do filósofo descrita por Aristóteles na Metafísica, de um
indivíduo totalmente desinteressado e que estaria acima dos desejos e
necessidades humanos.
4. (FCC) As
Orientações Curriculares para o Ensino de Filosofia chamam a atenção para o
‘papel peculiar da filosofia no desenvolvimento da competência geral da fala,
leitura e escrita’ (p. 26), que estão profundamente vinculadas à natureza
argumentativa da disciplina e contribuem para o desenvolvimento de um pensamento
autônomo e crítico. Para desenvolver essas competências de uma maneira
especificamente filosófica, é preciso lembrar que o diferencial do ensino da
disciplina Filosofia está em sua referência à História da Filosofia ou, em
outras palavras, à tradição filosófica.
Segundo indica este texto, a História da
Filosofia seria importante no currículo do Ensino Médio porque
A) é um elemento
diferencial para se considerar a inserção dos alunos no mercado de trabalho.
B) ajuda aqueles
que pretendem seguir a carreira de historiadores da filosofia.
C) colabora na
formação de futuros oradores e políticos, na medida em que está vinculada à
natureza argumentativa da disciplina.
D) contribui de maneira diferenciada para o
desenvolvimento de um pensamento autônomo e crítico.
5. (FCC) No que se refere ao ensino do tema universalismo versus relativismo moral, o professor de filosofia deve apresentar a discussão procedendo a uma
A) defesa
apaixonada do relativismo, procurando mostrar como apenas essa posição pode ser
verdadeira.
B) discussão em sala de aula entre os alunos,
de modo que eles percebam por si próprios as diferenças entre uma coisa e
outra.
C) defesa
apaixonada do universalismo, procurando mostrar como apenas essa posição pode
ser verdadeira.
D) argumentação
segundo a qual tanto o universalismo quanto o relativismo são destituídos de
verdade, dado que não podem provar os seus argumentos.
GABARITO
1:B - 2:A - 3:A - 4:D - 5:B
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