Do topo, em sentido horário - Catedral Metropolitana de Belém, Mercado Ver-o-Peso, plantas vitória-régia no Museu Paraense Emílio Goeldi, vista da cidade, Forte do Presépio e Teatro da Paz. |
Capital do Estado do
Pará, a cidade de Belém está situada a 160 km ao sul do Equador, às margens da
Baía de Guajará, no estuário do rio Tocantins e do rio Pará. Ocupa área de 1.059,466
km² e
tem população de1.393.399 (2010).
A cidade foi fundada
como porto fluvial, em 12 de janeiro de 1616, logo após a expulsão dos
franceses da cidade de São Luiz, hoje capital do Estado do Maranhão. Foi
planejada visando a defender ou dificultar investidas de outros estrangeiros na
região norte da América Portuguesa. Em 1751 tornou-se capital do Estado do
Maranhão e do Grão-Pará, que abrangia todo o extremo norte do Brasil.
Conhecida como a
"Cidade das Mangueiras", pelo grande número dessas árvores ali
existentes, Belém possui muitas atrações especiais, além de prédios históricos
que refletem traços do século XVII.
Entre as suas
principais atrações encontram-se os Mercados Municipal (de carne) e o Mercado
de Ferro (de peixes), situados às margens da baía de Guajará, formada pelos
rios Guamá, Moju e Acará. Nos arredores desses mercados, e fazendo parte de um
mesmo complexo, encontra-se o ancoradouro-feira Ver-o-Peso, próximo ao local
onde nasceu a cidade. No Ver-o-Peso, que já se caracteriza como cartão postal
de Belém, as cores, cheiros e sabores se misturam, exibindo uma paisagem
variada e original. No ancoradouro simples aportam pitorescos barcos de pesca e
canoas que desembarcam diversos tipos de produtos, desde peças artesanais de
cerâmica, a ervas originárias da Amazônia, utilizadas para finalidades
diversas. Existem ervas para curar doenças, ervas com perfumes, raízes
aromáticas, dentes de jacaré que, segundo a crença local, protegem as pessoas,
patas de coelho para atrair felicidade, colares de contas da floresta etc.
Próximo ao mercado encontra-se também o casarão Solar da Beira, antiga
Fiscalização Municipal, hoje dividido em boxes para a venda de artesanato
local.
A economia do
município de Belém baseia-se primordialmente nas atividades do comércio e
serviços, embora seja também desenvolvida alguma atividade agrícola,
especialmente no cultivo de mandioca, dendê, laranja, arroz, milho, cacau e
feijão, além da extração da borracha.
A arquitetura
colonial da cidade de Belém reflete, em muitos aspectos, a paisagem
arquitetônica da cidade de Lisboa, em Portugal, no século XVIII, que serviu de
inspiração para os principais projetos de casas e sobrados locais da época, com
o uso frequente de azulejos em suas fachadas. Muitas das construções do final
do século XIX e início do século XX foram projetadas por mestres portugueses,
em estilos que misturavam, também, traços da arquitetura francesa.
O mais importante arquiteto
da cidade de Belém, que construiu praticamente todas as suas igrejas e
principais edifícios, foi Antonio Giuseppe Landi, italiano que se transferiu
para o Grão-Pará em meados do século XVIII.
Nas proximidades de
Belém encontram-se lindas praias em ilhas fluviais de rara beleza. A histórica
ilha do Mosqueiro, aprazível local onde os habitantes da cidade costumam passar
seus momentos de lazer, já aparecia com o mesmo nome nos mapas portugueses que
datam de 1680. Era um porto intermediário dos pescadores que abasteciam de
peixe a pequena cidade que surgiu do Forte do Presépio, hoje Belém. Por sua
posição geográfica, tornou-se lugar ideal para moqueação dos peixes.
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