Carnaúba

A economia do Piauí caracteriza-se por sua fragilidade, evidenciada pelo comportamento de alguns de seus indicadores, a exemplo da renda per capita, que é uma das mais baixas do País e, consequentemente, uma das menores do mundo.

O setor terciário é responsável por quase 70% da formação de renda do Estado, ainda que pese a atuação desfavorável de um de seus segmentos mais importantes, o comércio inter-regional, que acaba transferindo os recursos, via diversos mecanismos, principalmente tributários, para os Estados mais desenvolvidos da Federação, notadamente São Paulo. Os setores primário e secundário, embora minoritários na formação da renda total, absorvem parcelas significativas da mão-de-obra.

O extrativismo vegetal ocorre principalmente nos vales úmidos, onde predominam as matas de babaçu e carnaúba.

Estudos de laboratório sobre a carnaúba demonstraram ser possível a elevação do nível tecnológico de seu aproveitamento, sendo a celulose o derivado de maior potencial para viabilizar a exploração dessa imensa riqueza natural do Estado.

A castanha de caju deixou de ser um produto extrativo para se constituir numa cultura desenvolvida em grande escala.

Diversos estudos geológicos demonstram a existência de potencial bastante promissor de exploração mineral. Entre as ocorrências de maior interesse econômico, encontram-se o mármore, o amianto, as gemas, a ardósia, o níquel, o talco e a vermiculita.

Vale ressaltar que o Piauí é dotado de grandes reservas de águas subterrâneas artesianas e possui a segunda maior jazida de níquel do Brasil, localizada no município de São João do Piauí.

A pecuária foi a primeira atividade econômica desenvolvida no Estado, fazendo parte de sua tradição histórica. O folclore e os costumes regionais derivam em grande parte da atividade pastoril. Entre os rebanhos, destacam-se os caprinos, bovinos, suínos, ovinos e asininos. A caprinocultura, por sua capacidade de adaptação a condições climáticas inóspitas, tem sido incentivada pelo Governo, proporcionando meio de vida a significantes parcelas da população carente, principalmente nas regiões de Campo Maior, Alto Piauí e Canindé.

A agricultura no Piauí desenvolveu-se paralelamente à pecuária, porém como atividade quase que exclusivamente de subsistência. Posteriormente, adquiriu maior caráter comercial, embora de forma lenta e insuficiente para abastecer o crescente mercado interno do Estado. Entre as culturas tradicionais temporárias sobressaem-se o milho, o feijão, o arroz, a mandioca, o algodão herbáceo, a cana-de-açúcar e a soja. Entre as culturas permanentes, destacam-se a manga, a laranja, a castanha-de-caju e o algodão arbóreo.