Geografia do Estado do Piauí
O Estado do Piauí
limita-se com os Estados do Ceará e Pernambuco a leste, com o Estado da Bahia
ao sul e sudeste, com o Estado de Tocantins a sudoeste, com o curso do rio
Parnaíba demarcando a fronteira com o Estado do Maranhão a oeste, e no seu
reduzido litoral (60 km de extensão) ao norte, com o oceano Atlântico. Ocupando
251.756,51 km²
(16,2 %) dos 1.554.257,0 km² que constituem a região Nordeste do Brasil,
é o terceiro maior Estado nordestino, inferior apenas à Bahia e ao Maranhão, e
o décimo Estado brasileiro, respondendo por 2,9 % do território nacional.
O relevo piauiense
abrange planícies litorâneas e aluvionares, nas faixas às margens do rio
Parnaíba e de seus afluentes, que permeiam a parte central e norte do Estado.
Ao longo das fronteiras com o Ceará, Pernambuco e Bahia, nas chapadas de
Ibiapaba e do Araripe, a leste, e da Tabatinga e Mangabeira, ao sul,
encontram-se as maiores altitudes da região, situadas em torno de 900 metros de
altitude. Entre essas zonas elevadas e o curso dos rios que permeiam o Estado,
como, por exemplo, o Gurguéia, Fidalgo, Uruçuí Preto e o Parnaíba, encontram-se
formações tabulares, contornadas por escarpas íngremes, resultantes da ação
erosiva das águas.
Em decorrência de sua
posição, o Estado do Piauí caracteriza-se, em termos fisiográficos, como uma
típica zona de transição, apresentando, conjuntamente, aspectos do semiárido
nordestino, da pré-Amazônia e do Planalto central do Brasil.
Refletindo as
condições de umidade das diversas zonas, as regiões ecológicas distribuem-se em
faixas paralelas, com a caatinga arbórea e arbustiva predominando no sudeste, a
floresta decidual no Baixo e Médio Parnaíba, cerrado e cerradão, no
centro-leste e sudoeste e as formações pioneiras de restinga, mangue e aluvial
campestre, na zona litorânea.
Dentre as paisagens
vegetais, destacam-se os cocais, com seus exemplares de babaçu, carnaúba,
buriti, e tucum, encontrados na região da floresta decidual, nos vales úmidos e
nas áreas alagadiças, sustentando a atividade extrativa de significativa
importância para o Estado.
Enquanto os Estados
do Nordeste oriental contam com apenas um rio perene, o São Francisco, com
aproximadamente 1.800 km dentro de seus territórios, o Piauí conta com o rio
Parnaíba e alguns de seus afluentes, entre eles o Uruçuí Preto e o Gurguéia
que, somando-se seus cursos permanentes, ultrapassam 2.600 km de extensão. O
Estado conta ainda com lagoas de notável expressão, tais como a de Parnaguá,
Buriti e Cajueiro, que vêm sendo aproveitadas em projetos de irrigação e abastecimento
de água na região.
A perenecidade dos rios piauienses,
entretanto, encontra-se ameaçada. Os rios sofrem intenso processo de assoreamento,
sempre crescente, em decorrência do desmatamento acentuado que ocorre no
Estado, principalmente nas nascentes e nas margens dos rios.
Com clima tipicamente
tropical, o Piauí apresenta temperaturas médias elevadas, variando entre 18º
(mínimas) e 39º C (máximas). A umidade relativa do ar oscila entre 60 e 84%.
No litoral e às
margens do rio Parnaíba, os níveis anuais de precipitação pluviométrica
situam-se entre 1000 e 1.600 mm. A frequência de chuvas diminui à medida que se
avança para a região sudeste do Estado; porém, níveis anuais médios de
precipitação abaixo de 800 mm são encontrados apenas em 35% do território
piauiense.
A população do Piauí,
em 2010, totalizou 3.118.360 habitantes distribuídos nos 224 municípios do
Estado.
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