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São Luís do Maranhão em mapa de 1629 por Albernaz I |
Formação Histórica
Foram os espanhóis os
primeiros europeus a chegarem, em 1500, à região onde hoje se encontra o Estado
do Maranhão. Em 1535, no entanto, verificou-se por parte dos portugueses, uma
primeira tentativa fracassada de ocupação do território. Foram os franceses que
realizaram a ocupação efetiva iniciada em 1612, quando 500 deles chegaram em
três navios e fundaram a França Equinocial. Seguiram-se lutas e tréguas entre
portugueses e franceses até 1615, quando os primeiros retomaram definitivamente
a colônia. Em 1621, foi instituído o Estado do Maranhão e Grão-Pará, com o
objetivo de melhorar as defesas da costa e os contatos com a metrópole, uma vez
que as relações com a capital da Colônia, Salvador, localizada na costa leste
do oceano Atlântico eram dificultadas, devido às correntes marítimas. Em 1641,
os holandeses invadiram a região e ocuparam a ilha de São Luiz, nomeando o povoado
em homenagem ao rei Luiz XIII.
Três anos depois,
foram expulsos pelos portugueses. A separação do Maranhão e Pará veio a ocorrer
em 1774, após a consolidação do domínio português na região. A forte influência
portuguesa no Maranhão fez com que o Estado só aceitasse em 1823, após
intervenção armada, a independência do Brasil de Portugal, ocorrida em 7 de
setembro de 1822.
No século XVII, a
base da economia do Estado encontrava-se na produção do açúcar, cravo, canela e
pimenta; no século XVIII, surgiram o arroz e o algodão, que vieram a se somar
ao açúcar, constituindo-se estes três produtos a base da economia escravocrata
do século XIX. Com a abolição da escravatura, a 13 de maio de 1888, o Estado
enfrentou um período decadência econômica, do qual viria a se recuperar no
final da primeira década do século XX, quando teve início o processo de
industrialização, a partir da produção têxtil.
O Estado do Maranhão
recebeu duas importantes correntes migratórias ao longo do século XX. Nos
primeiros anos chegaram sírio-libaneses, que se dedicaram inicialmente ao
comércio modesto, passando em seguida a empreendimentos maiores e a dar origem
a profissionais liberais e políticos. Entre as décadas de 40 e 60 chegou grande
número de migrantes originários do Estado do Ceará, em busca de melhores
condições de vida na agricultura. Dedicaram-se principalmente à lavoura de
arroz, o que fez crescer consideravelmente a produção do Estado.
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