Amazonas - Fauna e Flora
A vegetação típica do Estado
é a floresta equatorial, que se divide em três tipos: matas de terra firme,
matas de igapó e matas de várzea. Nas matas de terra firme encontram-se as grandes
árvores de madeira de lei da Amazônia. Em alguns locais as copas das árvores
são tão grandes que impedem a passagem de até 95% da luz do sol, tornando o
interior da floresta escuro, mal ventilado e úmido. Entre as principais
espécies existentes nessa região encontram-se as castanheiros-do-pará, a
seringueira, o guaraná e o timbó, árvore utilizada pelos índios para envenenar
os peixes.
As matas de igapó
localizam-se nos terrenos mais baixos, próximos aos rios, mantendo-se
permanentemente alagadas. Durante o período de cheia, as águas inundam as
margens dos rios, avançam pela floresta e chegam quase a alcançar as copas das
árvores, formando os "igapós". Quando esse fenômeno acontece nos
pequenos rios e afluentes, são denominados "igarapés". As árvores
encontradas nesse tipo de matas podem atingir 20 metros de altura, mas é comum
encontrar-se árvores de dois a três metros, com ramificação baixa e densa, de
difícil penetração. Sua espécie mais famosa é a vitória-régia, conhecida como a
"rainha dos lagos". A folha da vitória-régia pode chegar a medir um
metro e oitenta centímetros de diâmetro. As bordas de suas folhas são
levantadas e espinhosas, para evitar a ação destruidora dos peixes, e as raízes
se fixam no fundo da água, formando um bulbo com um cordão fibroso revestido de
espinhos. A flor também se abre protegida por espinhos e muda de cor, do branco
para o rosa, com o passar do tempo. O bulbo da vitória-régia é muito apreciado
pelos índios e as sementes se assemelham às do milho. No período de seca as
vitórias-régias desaparecem, voltando suas sementes a germinar na estação das
cheias.
As matas de várzea
localizam-se entre a terra firme e os igapós, variando de acordo com a
proximidade dos rios. Nelas podem ser encontradas árvores de grande porte como
a seringueira, as palmeiras e o jatobá.
A Floresta Amazônica
concentra grande diversidade de espécies de plantas medicinais, comestíveis,
oleaginosas e colorantes, muitas das quais ainda não foram investigadas em
profundidade. Suas propriedades continuam sendo estudadas em laboratórios.
Acredita-se que 25% de todas as essências farmacêuticas utilizadas atualmente
pela medicina tenham sido extraídas das florestas tropicais. A variedade da
flora amazônica tem como seu principal habitat as matas de igapó e terra firme.
Dentre as espécies mais conhecidas de plantas medicinais extraídas da Amazônia
encontram-se o guaraná, que apresenta propriedades vitalizantes,
rejuvenescedoras e afrodisíacas, atuando como tônico do coração e ativando as
funções cerebrais e a circulação periférica; a copaíba, que contém um azeite
desinflamatório e cicatrizante, utilizada em casos de úlceras e faringites; e o
urucú, que possui sementes com propriedades capazes de aumentar a pigmentação
de tecidos adiposos, tornando a pele resistente e com coloração natural. Contém
betacaroteno (vitamina A) e pode ser ingerido em cápsulas ou utilizado na
culinária, como corante natural.
A fauna da região Amazônica
também é rica e variada, incluindo felinos, roedores, aves, quelônios e
primatas. Algumas espécies encontram-se em perigo de extinção e passam a ser protegidas
pelos órgãos especializados do Governo, para terem garantida a sua
sobrevivência. Este é o caso do macaco uacari branco e do pequeno sagui, que
apenas podem ser encontrados atualmente nos arredores da cidade de Manaus.
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