Quadro de Johann Moritz Rugendas (1802-1858) retratando o interior de um navio negreiro |
Escravidão no Brasil
A partir do século XV, o comércio de
negros e negras da África foi um excelente negócio para traficantes e o Estado
em nome do desenvolvimento das terras recém-descobertas nas Américas. Com o aval
da Igreja, esses homens e mulheres eram capturados e trazidos ao Brasil para
trabalhar como escravos, principalmente, na agricultura, mineração e serviços
domésticos.
Os primeiros escravos negros chegaram ao
Brasil entre 1539 e 1542, na Capitania de Pernambuco, onde a cultura canavieira
estava em forte desenvolvimento. Mais tarde, além do Nordeste brasileiro,
outras regiões começaram a receber escravos com destaque para as regiões de
extração de minérios em Minas Gerais e, no século XIX, as lavouras de café no
Rio de Janeiro e Vale do Paraíba.
Mesmo com o desmonte proposital da
cultura, identidade e memória africana que negros e negras enfrentaram durante
o processo de escravização, uma parte dessas pessoas resistiram, principalmente
no Brasil, e se organizaram em grupos de fugitivos. Era o início dos quilombos.
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