Mapa da Província da Bahia, 1857. Arquivo Nacional. |
Formação Histórica do Estado da Bahia
O Estado da Bahia foi o local onde,
primeiramente, aportaram os portugueses no Brasil, em 1500. Seu povoamento teve
início no ano de 1534, sob forte influência dos jesuítas. A cidade de Salvador
foi fundada em 1549 como a primeira capital do Brasil, pelo Governador-Geral
Tomé de Souza. O tráfico de escravos africanos teve, na Bahia, um de seus
principais polos receptores no Brasil.
No século XVIII, a região foi atacada
por holandeses, expulsos depois pelos portugueses, com o reforço de milhares de
brasileiros, filhos de europeus com indígenas, que habitavam a terra. Como
primeiro foco de colonização portuguesa no Brasil, a Bahia manteve, por cerca
de um século, o título de mais importante porto marítimo do hemisfério sul,
movimentando intenso comércio com a Europa, Ásia e África, enquanto a criação
de gado, o plantio da cana e o fabrico de açúcar impulsionavam a colonização do
interior.
Em 1798, ocorreu na região a Conjuração
Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates que, inspirada nas ideias
da Revolução Francesa e da Inconfidência Mineira, propunha a independência, a
igualdade racial, o fim da escravidão e o livre comércio entre os povos. Teve a
participação de escravos, negros libertos e pequenos artesãos da Bahia, que
divulgaram, na ocasião, um manifesto conclamando o povo para um levante em
defesa da República Baiense. O movimento foi delatado e reprimido. Alguns
integrantes da facção mais popular foram condenados à morte e outros ao exílio.
Outro acontecimento marcante na história
da Bahia foi a Guerra de Canudos, em 1897. A população humilde do sertão baiano
passara a ver em Antonio Vicente Mendes Maciel, o Conselheiro, um líder
espiritual messiânico que teve seu movimento violentamente sufocado por tropas
federais, comandadas pelo major Moreira César. A vila por ele fundada, Belo
Monte, com 25 mil habitantes, foi inteiramente destruída e sua população massacrada.
O episódio gerou o famoso livro "Os Sertões", do escritor brasileiro
Euclides da Cunha; "A Guerra do Fim do Mundo", do escritor peruano
Mario Vargas Llosa; e, recentemente, o filme épico "Canudos", do
cineasta Sérgio Resende.
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