Formação histórica do Estado da Paraíba |
A colonização portuguesa na área hoje ocupada pelo Estado da
Paraíba foi dificultada pela presença dos franceses, que ocuparam a região no
início do século XVI. Em 1585, o português João Tavares construiu, na foz do
rio Paraíba, o Forte São Felipe, para defender a área dos ataques dos
franceses. Nesse local teve origem a cidade que hoje é a capital do Estado. Em
1634, a região foi tomada por holandeses, que ali permaneceram por 20 anos,
quando foram expulsos por André Vidal de Negreiros. Paralelamente a estes
conflitos ocorriam permanentes batalhas com os índios, entre tentativas de
aprisionamento dos nativos e revoltas destes.
Os paraibanos participaram ativamente da Revolução Pernambucana de 1817 e da Confederação do
Equador, em 1824.
A Revolução Pernambucana de 1817 foi uma revolta de
proprietários rurais, do clero e de comerciantes, contra militares e
comerciantes portugueses vinculados ao grande comércio de importação e
exportação, em um período de instabilidade econômica por que passou Pernambuco,
devido ao mau desempenho da indústria açucareira. A insatisfação popular
decorrente do aumento de impostos traduziu-se em revolta contra a corte
portuguesa e apoio ao movimento, que resultou na organização do primeiro
governo brasileiro independente, com a proclamação de uma República. Os
revoltosos, no entanto, foram derrotados pelas tropas de D. João VI em 19 de
maio de 1817.
A Confederação do Equador foi um movimento liderado por
liberais pernambucanos que se recusaram a aceitar a Constituição outorgada pelo
Imperador e sua política centralizadora. Decididos a defender a autonomia da
região, os revoltosos, liderados por Augustinho Bezerra e Frei Joaquim do Amor
Divino Caneca, proclamaram uma república independente, organizada sob a forma
federalista. O movimento foi derrotado e seus líderes condenados à morte em
1825.
Teve origem no Estado da Paraíba um dos pretextos para o desencadeamento
da Revolução de 1930 no País, o assassinato do Governador João Pessoa de Albuquerque,
então indicado como candidato a vice-presidente da República na chapa de
Getúlio Vargas, pela Aliança Liberal.
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