Vitivinicultura em Flores da Cunha |
Vitivinicultura
Tendo encontrado clima propício ao desenvolvimento da vitivinicultura,
os imigrantes italianos que começaram a chegar ao Rio Grande do Sul a partir de
1875, introduziram esse tipo de cultivo no Estado, desencadeando o processo de
produção artesanal de vinho. Hoje, a história da vitivinicultura nacional
confunde-se com o processo de colonização da região nordeste do Rio Grande do
Sul (Serra Gaúcha), que é a maior produtora de vinho do País, especialmente nas
cidades de Caxias do Sul, Farroupilha, Antonio Prado, Flores da Cunha, Bento
Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Nova Milano, Nova Roma, São José do Ouro,
São Marcos e Veranópolis.
A partir de meados de 1970, a indústria vitivinícola no Rio Grande do
Sul passou por um processo de modernização que resultou em mudanças
significativas no elenco varietal da produção de uvas do Estado. O Centro
Nacional de Pesquisa de Uva e Vinho (CNPVU) da Embrapa, localizado em Bento
Gonçalves, vem trabalhando há mais de dez anos em um programa que envolve a
seleção de plantas no campo, formação de clones, técnicas de indexagem em casa
de vegetação, testes sorológicos em laboratório e termoterapia, com o objetivo
de obter matrizes livres de doenças disseminadas nos vinhedos. Como resultado
do programa, a Embrapa dispõe hoje de oito hectares de matrizes certificadas de
mais de 80 cultivares, que forneceram, em 1994, material vegetativo para um
milhão de mudas. No que se refere à produção de uvas de mesa no Estado do Rio
Grande do Sul, houve aumento considerável do cultivo de castas finas. Entre as
castas brancas são mais cotadas as variedades riesling itálico e renano,
chardonnay e gewurztraminer. Nos tintos, predomina o cabernet sauvignon,
cabernet franc e merlot. Em 1994, foram comercializados 43.294.350 litros de
vinho no Rio Grande do Sul, o que corresponde a 91% da produção nacional.
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