Auroras
boreais podem ser vistas nas noites geladas do Norte da Europa
Luzes
neon ocorrem ao pôr do sol ou antes do amanhecer
Os
céus do Norte da Europa têm sido visitados por inúmeras auroras boreais nas
últimas noites. As condições atmosféricas das noites frias e sem nuvens têm
favorecido a visibilidade nos territórios da Escócia, Noruega, Finlândia,
Suécia e também no Alasca e no Norte do Canadá.
A
aurora é um indicador das condições de tempestade geomagnética centrada nos
polos onde o campo magnético da Terra é maior. As luzes neon ocorrem
imediatamente ao pôr do Sol ou antes do amanhecer.
Partículas
provenientes de tempestades na superfície do Sol viajam pelo espaço como um
vento solar e, ao serem atraídas pela Terra, colidem com o campo magnético
terrestre, criando as auroras.
Nas
colisões, essas partículas misturam-se com gases atmosféricos, como o oxigênio
ou nitrogênio, e libertam energia em forma de luz.
A
tonalidade avermelhada ocorre em maiores altitudes, e o tom esverdeado
revela-se quando a transferência de energia cruza altitudes mais baixas.
O
fenômeno noturno depende da atividade do Sol e do ciclo do astro de 11 em 11
anos. Esses 11 anos dividem-se em um período com cerca de quatro anos, que
corresponde à energia solar máxima. Segue-se uma fase de transição que abre o
capítulo de quatro anos de mínimo solar.
Em
dezembro de 2019, segundo a Nasa, a agência espacial norte-americana, começou o
novo ciclo polar mínimo chamado Ciclo Solar 25, que chegará ao máximo em 2025.
Rodney
Viereck, da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos Estados
Unidos, destaca que 2021, sendo um ano mais próximo do mínimo solar, tem a
vantagem das auroras mais previsíveis, enquanto, no período máximo, elas são
repentinas e de curta duração.
Nas últimas
duas semanas, milhares de testemunhas com vídeos e fotografias têm ocupado as
redes sociais dos países do Norte. O fenômeno costuma atrair muitos turistas,
mas o contexto de pandemia deixa esse privilégio apenas para os moradores das
terras geladas.
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