Fiscais resgatam 942
pessoas em situação análoga à escravidão em 2020
O estado de Minas Gerais
foi o que mais teve ações de fiscalização
Publicado em 27/01/2021 - 17:45 Por Claudia Felczak de
Paula - Repórter da Agência Brasil - Brasília
As 266 fiscalizações
promovidas pela Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), do Ministério do
Trabalho, em 2020, resultaram em 942 resgates de trabalhadores da chamada
escravidão moderna. O balanço foi divulgado nesta quarta-feira (27).
O estado de Minas Gerais
foi o que mais teve ações de fiscalização e também onde houve o maior número de
trabalhadores encontrados em situações semelhantes à de escravo.
“Entendo que nossa atuação
contribui efetivamente para a redução dessa que é a pior forma de trabalho no
país”, disse o subsecretário de Inspeção do Trabalho, Romulo Machado e Silva.
Como resultado dessas
fiscalizações, 1.267 contratos de trabalho foram formalizados após a
notificação dos auditores-fiscais do Trabalho. Os trabalhadores resgatados
receberam mais de R$ 3 milhões em verbas salariais e rescisórias.
Dos trabalhadores
resgatados, 78% estavam no meio rural. A maioria em atividades como o cultivo
de café e produção de carvão vegetal. Dos trabalhadores urbanos resgatados, a
maioria trabalhava no comércio varejista e na montagem industrial. A maioria
dos resgatados, 41%, eram imigrantes, com predominância de paraguaios.
Dados do seguro-desemprego
do trabalhador resgatado mostram que 89% eram homens; 64% tinham entre 18 ano e
39 anos de idade; 70% residiam nas regiões Sudeste ou Nordeste; 44% tinham
nascido na Região Nordeste e 77% se autodeclararam negros ou pardos. Quanto ao
grau de instrução, 21% declararam possuir ensino médio completo, 20% haviam
cursado do 6º ao 9º ano e 20% até o 5º ano. Do total, 8% dos trabalhadores
resgatados em 2020 eram analfabetos.
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