Acre decreta estado de calamidade
pública devido a enchentes
Estado tem ainda casos de covid e
dengue e será visitado por Bolsonaro
Publicado em 22/02/2021 - 19:54 Por
Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil - Brasília
O governador do Acre, Gladson Cameli,
decretou estado de calamidade pública em dez cidades do estado, em virtude das
cheias dos rios. Cerca de 130 mil pessoas foram afetadas no estado até agora. O
decreto, publicado hoje (22) em edição extra do Diário Oficial do estado,
incluiu, além da capital, Rio Branco, os municípios de Cruzeiro do Sul, Feijó,
Jordão, Mâncio Lima, Porto Walter, Rodrigues Alves, Santa Rosa do Purus, Sena
Madureira e Tarauacá.
De acordo com o governo do estado,
alguns municípios têm registrado inundações históricas, com milhares de
famílias desabrigadas. Cameli já havia decretado situação de emergência no
estado. A diferença é que agora o estado reconhece a necessidade de ajuda
financeira do governo federal para enfrentar a crise, bem como para prestação
de assistência humanitária à população afetada.
O governo apontou ainda um recuo nas
cheias dos rios em nove municípios. Entre os mananciais que apresentaram
vazante estão o Rio Acre, em Rio Branco, com 15,43 metros (m); o Rio Juruá, em
Cruzeiro do Sul, com 14,31m; o Rio Tarauacá, no município de Tarauacá, com
9,40m; o Rio Envira, em Feijó, com 14,49m; e o Rio Purus, em Santa Rosa, com
6,84m.
Os rios dos municípios de Jordão,
Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves não têm medição por réguas, mas
também apresentaram sinal vazante. O único rio ainda em ritmo de cheia é o Rio
Iaco, em Sena Madureira, medindo 18,05m. Os registros são da Coordenação
Estadual de Defesa Civil (Cepdec).
As enchentes não são a única crise
enfrentada no estado, que enfrenta também aumento no número de mortes por
covid-19, resultado de uma saturação no sistema público de saúde. A dengue
também tem sido um problema. O governo estadual estima que a dengue seja
responsável por 80% da demanda nas unidades de pronto atendimento de Rio
Branco, chegando a 8,6 mil casos suspeitos.
Com o acúmulo de problemas vividos
pelo Acre, o presidente Jair Bolsonaro decidiu visitar o estado na próxima
quarta-feira (24). A visita ocorrerá a pedido do senador Márcio Bittar
(MDB-AC).
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