Endividamento
de famílias cresce em janeiro e chega a 66,5%
Percentual
de inadimplentes atinge 24,8%
Publicado em
18/02/2021 - 11:45 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de
Janeiro
O percentual
de famílias endividadas (com dívidas em atraso ou não) no país chegou a 66,5%
em janeiro deste ano, ficando acima das taxas de dezembro de 2020 (66,3%) e de
janeiro daquele ano (65,3%). O dado é da Pesquisa Nacional de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor, divulgada hoje (18), no Rio de Janeiro, pela
Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O percentual
de inadimplentes, ou seja, famílias com dívidas ou contas em atraso, chegou a
24,8%, abaixo dos 25,2% de dezembro, mas acima dos 23,8% de janeiro do ano
passado.
As famílias
que não terão condições de pagar suas contas somaram 10,9% do total, abaixo dos
11,2% de dezembro, porém, acima dos 9,6% de janeiro de 2020.
“Com o fim do
auxílio [emergencial] e o atraso no calendário de vacinação, as famílias de
menor renda precisarão adotar maior rigor na organização do orçamento. Essa
conjuntura faz o crédito ter papel ainda mais importante na recomposição da
renda. É preciso seguir ampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos,
mas também alongar os prazos de pagamento das dívidas para manter a inadimplência
sob controle”, disse a economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira.
Cartões de
crédito
Segundo a CNC,
o percentual de dívidas com cartão de crédito entre o total de endividados
chegou a 80,5%, subindo para um patamar histórico.
Em janeiro do
ano passado, a taxa era de 79,8%. Outros principais motivos para dívidas em
janeiro deste ano foram: carnês (16,8%), financiamento de carro (9,9%) e
crédito pessoal (8,4%).
O tempo médio
com pagamento em atraso chegou a 63,3 dias e o tempo médio de comprometimento
com dívidas ficou em 6,9 meses, disse a CNC.
Fonte: Agência
Brasil
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