Emplacamento
de automóveis e de veículos leves tem queda de 17,85%
Em relação
a janeiro, recuo é de 2,66%
Publicado em
02/03/2021 - 15:04 Por Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil - São
Paulo
As vendas de
automóveis e veículos comerciais leves (como picapes e furgões) registraram
queda de 17,85% em fevereiro deste ano na comparação com o mesmo mês de 2020 e
caíram 2,66% em relação a janeiro, com o emplacamento de 158.237 unidades. Os
dados foram divulgados hoje (2), em São Paulo, pela Federação Nacional da
Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Quando se
somam caminhões e ônibus novos às vendas de automóveis e veículos comerciais
leves, a queda foi de 16,71% na comparação anual e de 2,20% na comparação
mensal, com o emplacamento de 167.384 unidades.
Já quando se
considera o emplacamento de todos os segmentos automotivos (automóveis,
comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros),
a retração foi de 17,48% na comparação com fevereiro do ano passado, com a
comercialização de 242.080 unidades. Já na comparação com janeiro deste ano, o
recuo foi de 11,68%.
Argumentação
Para o
presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, a falta de componentes para
normalizar a produção e o aumento de casos de covid-19 [a doença provocada pelo
novo coronavírus] podem explicar a retração.
“Na indústria,
mesmo com os esforços das montadoras para aumentar a produção, a falta de
disponibilidade de peças e componentes ainda persiste, fazendo com que algumas
fábricas tivessem de paralisar, temporariamente, a produção em fevereiro,
afetando, de forma importante, a oferta de produtos. Além disso, o aumento dos
casos de covid-19, o que provocou o retrocesso da abertura do comércio em
várias cidades, também contribuiu para a queda de vendas do mês de fevereiro”,
disse.
Outro problema
que, segundo ele, ajudou a provocar o recuo nas vendas foi o aumento do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no estado de São Paulo.
“Os preços dos
veículos, tanto novos quanto usados, ficaram mais caros em São Paulo, em função
do aumento de alíquota do ICMS, que passou de 12% para 13,3% para veículos
novos e de 1,8% para 5,53% para usados, tornando os negócios das
concessionárias e lojistas quase que impraticáveis”, finalizou.
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