Inadimplência
cai ao menor nível desde início da pandemia, diz CNC
Dados são
da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
Publicado em
08/03/2021 - 12:38 Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil - Rio de
Janeiro
O percentual
de famílias com dívidas ou contas em atraso caiu de 24,8% em janeiro para 24,5%
em fevereiro, e chegou ao menor patamar desde o início da pandemia. Os dados
fazem parte da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic),
divulgada hoje (8) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e
Turismo (CNC).
O percentual
de inadimplentes está em queda desde agosto de 2020, mas ainda é maior que o de
fevereiro do ano passado, que foi de 24,1%.
A
inadimplência é mais forte entre as famílias com renda de até 10 salários
mínimos. Nesse grupo, o percentual caiu de 27,9% em janeiro para 27,4% em
fevereiro. Já entre as famílias com renda superior a 10 salários mínimos, houve
alta da inadimplência, de 11,5% em janeiro para 11,7% em fevereiro.
O
endividamento em fevereiro chegou a 66,7% das famílias, a maior proporção desde
outubro do ano passado. São consideradas endividadas as famílias que têm
dívidas de cheque pré-datado, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo
pessoal, prestações de carro e seguros.
O grupo de
famílias com renda superior a 10 salários mínimos teve aumento no
endividamento, que passou de 60,7% para 62,1% em fevereiro, enquanto para as
famílias com renda de até 10 salários mínimos, o percentual se manteve estável
em 67,9%.
Projeção
A pesquisa
apura ainda o percentual de famílias que não terão condições de pagar suas
dívidas. Nesse caso, houve queda de 10,9%, em janeiro de 2021, para 10,5% em
fevereiro.
Assim como a
inadimplência, essa situação é mais comum entre as famílias mais pobres, nas
quais houve queda de 12,8% para 12,4% em fevereiro. Entre as mais ricas também
houve queda, de 3,9% para 3,7%.
O número de
famílias que se consideram muito endividadas também caiu em fevereiro e chegou
a 13,9%. O percentual é o menor desde setembro de 2019, e as famílias
declararam, em média, que 30,2% de sua renda mensal está comprometida com
dívidas.
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