Migrações:
Itália quer intervenção da UE no aumento do fluxo da Líbia
Ministra do
Interior diz que intervenção tem urgência absoluta
A ministra do
Interior da Itália, Luciana Lamorgese, defendeu hoje (24) que o aumento do
fluxo migratório da Líbia "mostra a urgência absoluta de uma intervenção
concreta da União Europeia (UE)", antes de negociar o Pacto de Migração e
Asilo.
"Registramos
um aumento dos fluxos migratórios oriundos principalmente da Líbia", disse
Luciana Lamorgese, em entrevista publicada nesta quarta-feira pelo jornal La
Repubblica.
"Já
entrei em contato com o meu homólogo líbio, Khaled Mazen, e quero encontrar-me
com ele o mais brevemente possível. Os dados mostram a absoluta urgência de uma
intervenção concreta da UE antes dos resultados das complexas negociações sobre
o Pacto de Migração e Asilo", afirmou.
De acordo com
a ministra, "a Itália continua a solicitar em todas as sedes europeias um
mecanismo operacional de solidariedade, apoiado por países que partilham os
princípios do respeito pelos direitos humanos" que, na sua opinião,
"pode começar nos próximos meses".
Lamorgese
destacou "o importante" resultado obtido no sábado (20) em Atenas
"com o documento que os países do Med5 - Chipre, Grécia, Itália, Malta e
Espanha - enviaram à Comissão Europeia.
O documento,
destaca a necessidade de cumprir "dois pontos fundamentais: o princípio da
solidariedade e justa distribuição das responsabilidades e a necessidade de
estabelecer um mecanismo europeu de gestão centralizada que facilite o
regresso, a pedido, dos Estados interessados".
A ministra
italiana citou ainda o pedido desses cinco países à Comissão Europeia para
"reforçar os acordos de colaboração com os países de origem e trânsito dos
fluxos: dessa forma, será também possível prevenir o tráfico de migrantes, a
perda de vidas humanas e promover um repatriamento efetivo".
Segundo ela, o
número estimado de repatriações realizadas pela Itália nos primeiros meses de
2021 chega a 776.
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