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QUESTÕES SOBRE REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS I

 

1. (ENEM/2009) A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos.
THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979 (adaptado).
Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque
a) a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais.
b) os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes.
c) os novos teares exigiam treinamento especializado para serem operados.
d) os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência.
e) os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas.
 
2. (ENEM/2009) Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário.
São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no período posterior à Revolução Industrial, as quais incluem
a) a erradicação da fome no mundo.
b) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas.
c) a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos.
d) a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura.
e) o contínuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização.
 
3. (ENEM/2010) O movimento operário ofereceu uma nova resposta ao grito do homem miserável no princípio do século XIX. A resposta foi a consciência de classe e a ambição de classe. Os pobres então se organizavam em uma classe específica, a classe operária, diferente da classe dos patrões (ou capitalistas). A Revolução Francesa lhes deu confiança; a Revolução Industrial trouxe a necessidade da mobilização permanente.
HOBSBAWM, E. J. A era das revoluções. São Paulo: Paz e Terra, 1977.
No texto, analisa-se o impacto das Revoluções Francesa e Industrial para a organização da classe operária. Enquanto a “confiança” dada pela revolução Francesa era originária do significado da vitória revolucionária sobre as classes dominantes, a “necessidade da mobilização permanente”, trazida pela Revolução Industrial, decorria da compreensão de que
a) a competitividade do trabalho industrial exigia um permanente esforço de qualificação para o enfrentamento do desemprego.
b) a completa transformação da economia capitalista seria fundamental para a emancipação dos operários.
c) a introdução das máquinas no processo produtivo diminuía as possibilidades de ganho material para os operários.
d) o progresso tecnológico geraria a distribuição de riquezas para aqueles que estivessem adaptados aos novos tempos industriais.
e) a melhoria das condições de vida dos operários seria conquistada com as manifestações coletivas em favor dos direitos trabalhistas.
 
4. (ENEM/2010) Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como sínteses das transformações que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-se na inter-relação do campo com a cidade e, num primeiro momento, também se vinculou à libertação de mão de obra.
RODRIGUES, A. E. M. Revoluções burguesas. In: REIS FILHO, D. A. et al (orgs.) O Século XX, v. l. Rio de janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado).
Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a revolução Industrial na Inglaterra foi o
a) aumento do consumo interno.
b) congelamento do salário mínimo.
c) fortalecimento dos sindicatos proletários.
d) enfraquecimento da burguesia industrial.
e) desmembramento das propriedades improdutivas.
 
5. (ENEM/2010) A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros, tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.
DEANE, P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado).
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX?
a) A facilidade em se estabelecerem relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista.
b) O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial.
c) A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas.
d) A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística.
e) O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.

 

GABARITO
1:D - 2:C - 3:B - 4:A - 5:E



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