Setor de
máquinas e equipamentos cresce 18% em fevereiro
Primeiro
bimestre de 2021 teve alta de 27,4% em relação ao de 2020
Publicado em
31/03/2021 - 17:01 Por Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Com receita de
R$ 13,8 bilhões, o setor de máquinas e equipamentos registrou crescimento de
18% em fevereiro em comparação com o mesmo mês de 2020, segundo balanço
divulgado hoje (31) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e
Equipamentos (Abimaq).
Nos primeiros
dois meses de 2021 a alta ficou em 27,4% em relação ao primeiro bimestre do ano
passado.
Segundo o
presidente executivo da Abimaq, José Velloso, a indústria de máquinas tem
apresentado uma tendência constante de crescimento desde abril do ano passado.
“Alguns meses crescendo mais outros menos, mas sempre crescendo”, destacou
durante a apresentação dos dados.
Velloso
pondera, no entanto, que essa expansão acontece a partir de um patamar baixo.
“Nós ainda estamos 22% abaixo do que era a média de 2010 a 2013”, compara. “Nos
últimos cinco anos a taxa de investimento no Brasil é muito pequena”,
acrescenta.
Previsão
Para este ano,
a previsão da associação é de que o setor de bens de capital registre uma alta
de 13%. Esse crescimento deve ser puxado, de acordo com o presidente executivo
da Abimaq, por setores que têm apresentado grande atividade nos últimos meses.
“Você tem setores de infraestrutura que estão indo bem, especialmente
construção de estradas”, exemplificou.
Entre os
setores que estão aquecidos, Velloso também citou o de saneamento e energia. “O
marco do saneamento é recente e a gente tem um otimismo muito grande no setor
de saneamento”, acrescentou em referência a nova legislação que regulamenta os
serviços de água e esgoto, abrindo mais espaço para iniciativa privada,
aprovada no ano passado.
Exportação
e emprego
As exportações
de máquinas tiveram queda de 24,3% em fevereiro em comparação com o mesmo mês
de 2020, totalizando US$ 599,5 milhões. Para o presidente executivo da Abimaq,
as vendas para o exterior estão prejudicadas pelo desarranjo provocado pela
pandemia, que reduziu as rotas de comércio e tem dificultado até a distribuição
de contêineres.
O número de
postos de trabalho na indústria de bens de capital cresceu 10,6% em fevereiro
em relação ao mesmo mês do ano passado, com 337,7 mil pessoas empregadas.
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