Cúpula do
Clima: Guterres defende ação imediata dos líderes mundiais
Líderes
fazem compromisso de redução de emissões de gases
Publicado em
22/04/2021 - 11:39 Por * Agência Brasil - Brasília
O
secretário-geral das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu hoje (22),
em reunião virtual da Cúpula do Clima, que é preciso mobilizar as lideranças
políticas para superar as mudanças climáticas e acabar com a guerra contra a
natureza.
“A mãe natureza
não está esperando. A última década foi a mais quente já registrada. Gases de
efeito estufa perigosos estão em níveis nunca vistos em 3 milhões de anos. As
temperaturas globais já subiram 1,2 grau Celsius, chegando a esse limiar da
catástrofe”, disse, na cúpula, por videoconferência.
Ele
ressaltou que o nível do mar está cada vez mais alto, as temperaturas estão
escaldantes, há ciclones tropicais devastadores e incêndios florestais épicos.
“Precisamos de um planeta verde, mas o mundo está em alerta vermelho. Estamos à
beira do abismo, devemos dar o próximo passo”, ressaltou.
Para
Guterres, os líderes mundiais devem construir uma coalizão global para emissões
líquidas zero até meados do século, com envolvimento de “todos os países, todas
as regiões, todas as cidades, todas as empresas e todos os setores”. “Todos os
países, começando com os principais emissores, devem apresentar novas e mais
ambiciosas medidas e contribuições para mitigação, adaptação e financiamento,
definindo ações e políticas para os próximos 10 anos, alinhadas com as emissões
líquidas zero até 2050. Precisamos traduzir esses compromissos em ação imediata
concreta”, enfatizou.
China
O presidente
da China, Xi Jinping, disse que o país começará a reduzir o consumo de carvão
no período 2026-2030, como parte de seus esforços para reduzir as emissões de
gases de efeito estufa que causam o aquecimento do clima. A China pretende se
tornar neutra em carbono até 2060.
Estados
Unidos
O governo do
presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, prometeu nesta quinta-feira
(22) cortar as emissões de gases de efeito estufa do país entre 50% e 52% até
2030, em comparação com os níveis de 2005. Com a nova meta, espera induzir
outros grandes emissores a mostrarem mais ambição no combate à mudança climática.
Reino
Unido
O
primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou o compromisso do
presidente dos Estados, Joe Biden, um divisor de águas.
"Estou
realmente emocionado com o anúncio de mudança de jogo que Joe Biden fez",
disse Johnson, elogiando Biden "por devolver os Estados Unidos à linha de
frente da luta contra a mudança climática."
Nessa
terça-feira (21), Johnson disse que a Grã-Bretanha cortaria as emissões de
carbono em 78% até 2035, a meta mais ambiciosa de mudança climática do mundo, que
colocará o país no caminho para a emissão neutra.
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