Inflação
para idosos acumula taxa de 6,2% em 12 meses
No primeiro
trimeste o indice subiu 1,54%, diz FGV
Publicado em
12/04/2021 - 10:28 Por Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil -
Rio de Janeiro
O Índice de
Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) subiu 1,54% no primeiro
trimestre de 2021 e acumula elevação de 6,2% nos últimos 12 meses, ficando
acima da taxa acumulada pelo IPC-Br, no mesmo período, que atingiu 6,1%. O
resultado foi divulgado hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Economia da
Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).
O IPC-3i mede
a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por
indivíduos com mais de 60 anos de idade. Já o IPC-Br analisa a inflação das
famílias para todas as faixas de idade.
Na passagem do
quarto trimestre de 2020 para os três primeiros meses deste ano, o IPC-3i teve
recuo de 1,27 ponto percentual, de 2,81% para 1,54%. De acordo com o Ibre,
quatro das oito classes de despesa componentes do índice registraram queda na
variação. O grupo habitação caiu de 3,4% para -0,37% e foi a principal
contribuição para o desempenho do indicativo. A tarifa de eletricidade
residencial, foi o item que mais influenciou o comportamento desta classe de
despesa, com a variação de -6,44% no primeiro trimestre, enquanto no período
anterior foi 11,68%.
A queda da
IPC-3i também sofreu influência dos grupos alimentação, que passou de 5,91%
para 1,40%; educação, leitura e recreação saiu de 5,4% para -2,43%; e
comunicação de 0,42% para 0,02%. O Ibre destacou nestas classes de despesa o
comportamento de itens com quedas significativas como hortaliças e legumes de
15,79% para -1,82%, passagem aérea de 29,91% para -20,63% e tarifa de telefone
residencial de 1,80% para estabilidade.
Os
comportamentos negativos com avanço nas taxas de variação ficaram por conta dos
grupos transportes, que tiveram alta de 2,23% para 7,16%, saúde e cuidados
pessoais saindo de 0,39% para 1,24%, despesas diversas que passou de 0,45% para
0,88% e vestuário de 0,54% para 0,63%. Nestas classes de despesa, houve
influência da gasolina cuja variação cresceu de 3,4% para 21,84%, médico,
dentista e outros de 0,09% para 2,05%, cigarros de -0,93% para 1,85% e calçados
femininos de -0,30% para 2,07%.
IPC-3i
Esta versão do
IPC foi desenvolvida com base na Pesquisa de Orçamentos Familiares, realizada
pelo FGV IBRE no biênio 2002/2003, e analisou o orçamento de famílias
compostas, majoritariamente, por indivíduos com mais de 60 anos de idade. Com o
indicador, é possível observar como a variação dos preços de produtos e
serviços atinge o custo de vida de parcela crescente da população brasileira.
Segundo a FGV,
"além de medir a evolução do custo de vida para indivíduos com mais de 60
anos de idade, o IPC-3i serve de referência para a execução de políticas
públicas nas áreas de saúde e previdência".
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