1. (UFSM RS/2009) Após
as explosões de bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki, em agosto de 1945, uma
sombra paira sobre o planeta: a possibilidade das armas nucleares serem
utilizadas novamente. Essas armas de destruição, porém, são resultados de
grandes conquistas da ciência e da tecnologia: o manejo da fissão nuclear e as
possibilidades do uso de sua energia.
Tendo em vista a experiência histórica da Guerra
Fria (1947-1989), é possível concluir:
a) A existência
de arsenais militares com armas nucleares foi fator de estabilidade política e
diminuição de conflitos armados, pois favoreceu o entendimento diplomático
entre os países.
b) Apesar da
diminuta utilização das armas nucleares, observou-se que os danos provocados
não colocam em risco a segurança do planeta: por isso, os cientistas continuam
aperfeiçoando seu potencial destrutivo.
c) As armas
nucleares não prejudicam a clássica regra de que a guerra é uma extensão da
política e possibilitam conflitos armados com duração temporal cada vez menor e
com menos mortes de civis.
d) A ciência e a
tecnologia, cada vez mais, estão a serviço da paz, provocando uma diminuição
crescente dos gastos militares com navios, aviões, carros de combate ou
qualquer outro artefato de destruição.
e) Os arsenais com armas nucleares
proporcionaram um clima de terror no planeta, promovido pelos Estados das
principais potências (EUA e URSS), com consideráveis ganhos econômicos e
políticos para os mesmos.
a) a hegemonia norte-americana,
associada ao seu domínio da tecnologia espacial.
b) a esperança
de que as novas descobertas científicas conduzissem a uma época de paz e
prosperidade.
c) o desejo de
superar a culpa pelo uso da energia atômica nos bombardeios às cidades de
Hiroshima e Nagasaki.
d) a defesa dos
valores ocidentais, postos em xeque pela aliança entre os comunistas russos e
chineses.
e) a
crescente influência da ciência na vida cotidiana e a expectativa quanto aos
riscos de seu uso.
A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em
termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso:
apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas sobretudo do lado
americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global
de forças no fim da Segunda Guerra Mundial, que equivalia a um equilíbrio de
poder desigual mas não contestado em sua essência. A URSS controlava uma parte
do globo ou sobre ela exercia predominante influência [...] e não tentava
ampliá-la com o uso da força militar. Os EUA exerciam controle e predominância
sobre o resto do mundo capitalista [...]. Em troca, não intervinham na zona
aceita de hegemonia soviética. [...] Gerações inteiras se criaram à sombra de
batalhas nucleares globais que, acreditava-se firmemente, podiam estourar a
qualquer momento e devastar a humanidade.
HOBSBAWM, Eric. Era dos extremos. São
Paulo: Companhia das Letras, 1995. p. 224.
Considerando o texto e seus conhecimentos sobre a
Guerra Fria, considere as afirmativas abaixo.
I. A Guerra Fria
foi marcada pela corrida armamentista e por uma modalidade de disputa pela
hegemonia que se deu em termos políticos, diplomáticos e ideológicos.
II. A divisão do
globo em zonas de influência não foi aceita pelos blocos que iniciaram a
corrida armamentista com o propósito de ampliar seus domínios territoriais por
meio de uma guerra nuclear.
III. A hegemonia
norte-americana consolidou-se com o Pacto de Varsóvia, que referendava tal
domínio sobre grande parte dos países orientais, incluindo o Japão e a China.
IV. A Guerra Fria
significou a excelência tecnológica dos blocos envolvidos, incluindo o
desenvolvimento de armas nucleares que deixaram de ser prerrogativas
norte-americanas.
Assinale a alternativa que contém somente
afirmativas corretas.
a) II e III.
b) I e IV.
c) I e II.
d) III e IV.
(Eric Hobsbawm. O novo século, 2000.)
O historiador Eric Hobsbawm refere-se à situação
política que emergiu da Segunda Guerra Mundial e que pode ser caracterizada
como
a) uma disputa pelo predomínio internacional
entre duas grandes potências líderes, que contavam com o apoio de blocos de
países aliados.
b) uma união de
nações economicamente desenvolvidas, cuja finalidade era explorar os países
subdesenvolvidos do terceiro mundo.
c) um domínio de
uma potência portadora de armas de destruição em escala internacional, que
impunha seus princípios políticos ao mundo.
d) um conflito
armado direto entre potências industrializadas, que procuravam dominar os
mercados econômicos mundiais.
e) uma série de
acordos econômicos, políticos e militares entre um grupo restrito de países,
que dividiam o globo em áreas de influência.
a) a crise dos
mísseis soviéticos em Cuba.
b) a criação do
Pacto de Varsóvia.
c) a vitória dos
E.U.A. na Guerra do Golfo.
d) os acordos
assinados por Ronald Reagan e Mikhail Gorbatchev.
e) a decisão de
H. Truman, de só usar a energia nuclear para fins pacíficos.
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