Agência
Brasil explica: o que são commodities
Bens
comercializados em todo o mundo movimentam mercado financeiro
Publicado em
31/05/2021 - 06:30 Por Wellton Máximo - Repórter da Agência Brasil - Brasília
As commodities
movimentam o comércio e o mercado financeiro em países agrícolas e minerais.
Nas últimas semanas, o Brasil tem surfado na mais nova onda delas e registrado
queda do dólar, alta na bolsa e superávits recordes na balança comercial.
Produtos importantes na pauta de exportação, elas estão presentes de forma
significativa no dia a dia do brasileiro.
O conceito de
commodity mudou ao longo do tempo, ganhando elementos. No sentido original, a
palavra tem a raiz common (comum em português), que designa produtos com
características semelhantes em qualquer lugar do planeta. Essa acepção engloba
produtos agropecuários e minerais.
Com a evolução
do comércio internacional e do mercado financeiro, a definição ganhou sentidos
adicionais. Além de padrões mundiais similares, as commodities precisam ter
produção em larga escala, capacidade de estocagem, baixa industrialização e
alto nível de comercialização.
Essas
características diferenciam, por exemplo, alimentos perecíveis, que não podem
ser estocados, de safras de grãos que podem ser embarcadas para outro lado do
planeta. As exportações precisam atingir um volume considerável para que o
produto seja comercializado em larga escala. Dessa forma, as commodities podem
ser definidas como bens primários com cotação internacional, como petróleo, soja,
minério de ferro e café.
Os preços
internacionais são definidos nas bolsas de mercadorias e futuros. A maior bolsa
do planeta desse tipo fica em Chicago, nos Estados Unidos, onde são definidas
as cotações dos contratos futuros e de opções da maioria das commodities. No
Brasil, a antiga Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) se fundiu com a
Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em 2008. Em 2017, a BM&FBovespa
mudou de nome e passou a chamar-se B3.
Nos contratos
futuros, produtores buscam se proteger de variações bruscas de preços, e
especuladores querem comprar barato para vender caro. No mercado de opções, os
contratos perdem a validade (“viram pó”, no jargão financeiro) em algumas
situações.
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