Israel diz
não ter cronograma para encerrar ataques em Gaza
Militares
israelenses e combatentes do Hamas fizeram novos ataques
Publicado em
19/05/2021 - 10:13 Por Nidal al-Mughrabi e Jeffrey Heller - Repórteres da
Reuters - Gaza e Jerusalém
Autoridades de
Israel disseram hoje (19) que não há um cronograma para o fim dos ataques
contra militantes palestinos em Gaza. Militares israelenses fizeram novos
bombardeios aéreos, enquanto combatentes do Hamas dispararam mais foguetes por
meio da fronteira.
Autoridades
médicas palestinas disseram que 219 pessoas foram mortas em dez dias de ataques
aéreos, que destruíram ruas, edifícios e outros elementos da infraestrutura e
pioraram a situação humanitária já severa em Gaza.
O governo
israelense estima em 12 o número de mortos no país, onde ataques de foguetes
recorrentes causam pânico e fazem as pessoas fugir para abrigos. Esforços
regionais e também liderados pelos Estados Unidos para a obtenção de um
cessar-fogo se intensificam, mas até agora não tiveram sucesso.
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, não mencionou nenhuma
interrupção dos combates, em comentários públicos feitos durante uma reunião
com embaixadores estrangeiros. Disse que seu país está engajado em uma
convencimento vigoroso para evitar conflitos futuros com o Hamas.
Em comentários
de uma sessão fechada de perguntas e respostas citados pela mídia israelense,
ele disse: "Não estamos parados com um cronômetro. Queremos alcançar os
objetivos da operação. Operações anteriores duraram muito tempo, então não é
possível estabelecer um cronograma".
Em um ataque
de 25 minutos de madrugada, Israel bombardeou alvos como túneis que seus
militares disseram existir no sul da Faixa de Gaza e ser usados pelo Hamas, o
grupo islâmico que governa o território.
Cerca de 50
foguetes foram disparados de lá, segundo os militares israelenses, e sirenes
foram acionadas na cidade litorânea de Ashdod, ao sul de Tel Aviv, e em áreas
mais próximas da fronteira de Gaza. Não surgiram relatos de ferimentos ou danos
de madrugada, mas dias de disparos de foguetes perturbam muito os israelenses.
Quase 450
edifícios de Gaza, densamente povoada, foram destruídos ou seriamente
danificados, incluindo seis hospitais e nove centros de atendimento de saúde
primários. Cinquenta e dois mil palestinos foram deslocados, de acordo com a
agência humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU).
As
hostilidades são as piores em anos entre o Hamas e Israel e, à diferença de
conflitos prévios em Gaza, ajudam a incitar episódios de violência entre judeus
e árabes nas ruas de cidades israelenses.
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