Mortes em
protestos aumentam e Colômbia espera nova onda de covid-19
Greve
nacional foi convocada para esta quarta-feira
Publicado em
12/05/2021 - 08:42 Por Carlos Vargas e Oliver Griffin - Repórteres da Reuters –
Bogotá
O número de
mortes registrado na Colômbia, após quase duas semanas de protestos contra o
governo, subiu para mais de 40 nessa terça-feira (11), um dia antes da greve
nacional convocada para esta quarta-feira. Autoridades de grandes cidades
alertam sobre um pico prolongado de casos de covid-19 por causa das
manifestações.
Os protestos
violentos contra a proposta de reforma tributária do governo, que agora já foi
retirado de pauta, começaram no dia 28 de abril. As reivindicações dos
manifestantes se expandiram para incluir renda básica, fim da violência
policial e retirada de um projeto de reforma da saúde que é discutido há muito
tempo.
Protestos
menores e bloqueios de estradas continuam diariamente por todo o país.
Sindicatos e grupos estudantis convocaram greve nacional hoje, após uma reunião
com o presidente Ivan Duque, que acabou sem consenso.
O ouvidor de
direitos humanos da Colômbia afirmou que recebeu relatos de mortes de 41 civis
e de um policial e que está verificando se os casos são diretamente ligados aos
protestos.
A polícia e o
esquadrão de choque Esmad são os supostos responsáveis por 11 assassinatos,
segundo o ouvidor, que considerou sete mortes como não relacionadas às
manifestações.
"Pedimos
que medidas sejam tomadas para encerrar a violência que está fazendo a Colômbia
sangrar", disse o gabinete do ouvidor pelo Twitter.
O grupo local
de direitos humanos Temblores afirmou que 40 manifestantes teriam sido mortos
pela polícia, enquanto a organização não governamental Human Rights Watch disse
que recebeu 46 relatos de mortes nos protestos e verificou 13.
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