6. (NUCEPE/UESPI) Relacionadas com a demanda do exterior, formaram-se [no Brasil] zonas econômicas e criaram-se verdadeiras famílias e geração de cidades testemunhando uma sucessão de divisões territoriais do trabalho fundadas em graus diversos de tecnificação [...]. A unidade política e linguística se dava ao mesmo tempo em que as diversas regiões, produzindo para o mercado externo, a este se ligavam praticamente sem intermediários, de modo que sua evolução espacial e econômica era ditada por relações quase diretas. Daí a imagem de um vasto arquipélago formado, na verdade, por um conjunto de “penínsulas” da Europa.
SANTOS, M; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2008.
O início da superação dessa condição de isolamento das chamadas “ilhas de desenvolvimento econômico” e o início da integração nacional são marcados
A) pela ascensão do ciclo do ouro no sudeste brasileiro, associado à criação de gado, que proporcionaram o surgimento de vilas e cidade e a integração entre elas.
B) pela dinamização econômica do estado de São Paulo com a implantação do ciclo do café, a partir da segunda metade do século XIX.
C) pela industrialização de São Paulo a partir da política de substituição de importações implantadas no primeiro governo de Getúlio Vargas.
D) pelas obras de integração nacional promovidas no âmbito do Plano de Metas, no governo de Juscelino Kubitschek.
E) pela inserção do Brasil no contexto das redes mundialmente difundidas, a partir da década de 1970 com a configuração do meio técnico-científico-informacional.
 
7. (CESPE/CEBRASPE) Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, o processo de desconcentração da indústria brasileira se acelerou em decorrência do(a)
A) política fiscal instituída sobretudo pelos estados do Sudeste, com maiores condições de impor aumentos fiscais, estimulando a transferência da indústria nacional para as demais regiões.
B) processo de privatização, que restringiu a industrialização às atividades tradicionais de investimento, por meio da redução da intervenção do Estado na economia.
C) elevado nível de escolaridade dos trabalhadores brasileiros, o que tornou o território nacional atraente, em sua totalidade, para investimentos nos setores industriais.
D) política de desenvolvimento regional instituída pelo Estado, exemplificada pela criação da Zona Franca de Manaus.
E) presença de sindicatos fortes nos estados das regiões Norte e Nordeste, o que expulsou o capital dessas regiões para estados e cidades tradicionalmente desindustrializados.
 
8. (FCC) O setor imobiliário turístico expandiu-se nas últimas décadas nas áreas litorâneas do Nordeste. Essa expansão possui relevância econômica, mas gera significativos impactos territoriais, sociais e ambientais. Essa expansão pode ser explicada por:
A) Criação de políticas públicas para implantação de infraestrutura urbana voltada à promoção do turismo; as estratégias do mercado imobiliário modificadas pela entrada de capital estrangeiro e o controle estatal da produção do território através dos planos de desenvolvimento regional.
B) Ação eficiente das políticas de ordenamento territorial; a especulação imobiliária e a intensa propaganda na mídia nacional internacional sobre as paisagens de destaque no litoral nordestino.
C) O processo de urbanização e de concentração da população urbana no zona costeira; a redistribuição da população em função da pobreza e o enriquecimento dos empresários nacionais do setor imobiliário.
D) O plano real e valorização da moeda brasileira que permitiu investimentos no setor imobiliário; ação dos empresários nacionais no turismo e o crescimento vegetativo da população.
E) As mudanças estruturais na economia e na sociedade brasileira a partir da década de 30 do século 20; a mão de obra que vem se qualificando no setor de turismo e os grandes eventos internacionais realizados nas últimas décadas.
 
9. (FGV) Na década de 1990, a abertura da economia brasileira à concorrência internacional e as estratégias de atração de investimentos voltados para a competição globalizada impuseram a adoção de novas formas de intervenção na região Nordeste.
Entre as novas formas de intervenção na região, destaca-se:
A) o estímulo à expansão do cultivo de grãos no Agreste;
B) a instalação do polo petroquímico de Camaçari, na Bahia;
C) o apoio ao desenvolvimento de polos de fruticultura irrigada;
D) o estabelecimento de cotas de produção de açúcar para os estados;
E) a criação da região de planejamento do Vale do São Francisco.
 
10. (FGV) A modernização conservadora, empreendida pelo Estado brasileiro a partir do golpe de 1964, baseou-se em um projeto territorial fundado no ideário da integração nacional e do Brasil potência. A integração da Amazônia foi considerada prioridade máxima por razões de acumulação e legitimação. Entre as estratégias do governo federal para a integração da Amazônia, durante o regime militar, destaca-se um modelo de ocupação do território fundamentado no conceito de vantagens comparativas. Com a menor disponibilidade de recursos após a crise de 1973, a estratégia governamental se tornou mais seletiva, atuando não mais em uma escala macrorregional e sim sub-regional. O Estado central viu-se obrigado a escolher áreas prioritárias para investimentos, ou seja, aquelas com maior potencial de obtenção de benefícios imediatos. O modelo mostrou-se o mais adequado para a organização do território proposta pelo Estado autoritário, uma vez que os lugares privilegiados seriam capazes de interligar os circuitos nacionais e internacionais de fluxos financeiros e de mercadorias.
Adaptado de: BECKER, B. e EGLER, C. Brasil: uma nova potência regional na economia-mundo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994 e MACHADO, L. O. A fronteira agrícola na Amazônia brasileira. Revista Brasileira de Geografia, v. 54, n. 2, 1992: 27-56.
A estratégia descrita no texto acima foi denominada:
A) Eixos de Integração;
B) Programa Calha Norte;
C) Projeto Brasil em Ação;
D) Polos de Desenvolvimento;
E) Projeto Integrado de Colonização.



GABARITO
1:B - 2:D - 3:A - 4:C - 5:D