Inflação
nas fábricas sobe para 1,31%, revela pesquisa
Taxa é
maior que a de maio (0,99%) e de junho de 2020 (0,60%)
Publicado em
28/07/2021 - 10:55 Por Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil - Rio de
Janeiro
O Índice de
Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços de produtos
industrializados na saída das fábricas brasileiras, registrou inflação de 1,31%
em junho. A taxa é maior que a de maio deste ano (0,99%) e de junho de 2020
(0,60%), de acordo com dados divulgados hoje (28), no Rio de Janeiro, pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o
resultado, o IPP, que começou a ser calculado em 2014, atingiu inflação recorde
no primeiro semestre (19,11%) e em 12 meses, 36,81%.
De acordo com
o IBGE, 18 das 24 atividades industriais pesquisadas tiveram alta de preços. Os
principais responsáveis pela inflação em junho foram as indústrias extrativas
(8,71%), outros produtos químicos (2,16%), produtos de metal (2,80%) e
máquinas, aparelhos e materiais elétricos (2,60%).
Preços em
dólar
“Grande parte
dessa variação de 1,31% se explica pelo que ocorreu com os preços das
indústrias extrativas. Depois de dois meses consecutivos com variações
negativas na comparação mês contra mês imediatamente anterior, os preços do
setor subiram, em média, 8,71%, por causa da variação dos preços em dólar no
mercado internacional, apesar da apreciação do real no período”, disse
Alexandre Brandão, pesquisador do IBGE.
Entre as seis
atividades que tiveram deflação (queda de preços), destacam-se outros
transportes (-2,08%), vestuário (-1,12%) e fumo (-0,56%).
As quatro
grandes categorias econômicas da indústria tiveram inflação: bens de consumo
duráveis (2,03%), bens intermediários, isto é, os insumos industrializados
usados no setor produtivo (1,56%), bens de consumo semi e não duráveis (0,81%)
e bens de capital (máquinas e equipamentos usados no setor produtivo: 0,71%).
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