África do Sul
detecta nova variante do coronavírus e estuda mutações
Nova variante,
conhecida com C.1.2, foi detectada em maio
Publicado em 30/08/2021 -
16:01 Por Alexander Winning - Repórter da Reuters - Johanesburgo
Cientistas da África do
Sul detectaram uma nova variante do novo coronavírus com diversas mutações, mas
ainda não determinaram se ela é mais contagiosa ou capaz de superar a imunidade
fornecida por vacinas ou uma infecção anterior.
A nova variante, conhecida
com C.1.2, foi detectada primeiramente em maio e já se disseminou na maioria
das províncias sul-africanas e em sete outros países da África, Europa, Ásia e
Oceania, de acordo com pesquisas ainda não submetidas à revisão da comunidade
científica.
Ela contém muitas mutações associadas a outras variantes com uma transmissibilidade acentuada e uma sensibilidade reduzida a anticorpos neutralizadores, mas estas ocorrem em uma mistura diferente, e os cientistas ainda não têm certeza de como elas afetam o comportamento do vírus. Testes de laboratório estão em andamento para determinar o quanto a variante é neutralizada por anticorpos.
A África do Sul foi o
primeiro país a detectar a variante Beta, uma de somente quatro classificadas
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como "variantes de
preocupação".
Acredita-se que a Beta se
espalha mais facilmente do que a versão original do novo coronavírus que causa
a covid-19, e existem indícios de que as vacinas têm menos efeito contra ela, o
que leva alguns países a restringirem viagens de e para a África do Sul.
Richard Lessells,
especialista em doenças infecciosas e um dos autores da pesquisa sobre a C.1.2,
disse que o surgimento da variante mostra que "esta pandemia está longe do
fim e que este vírus ainda está explorando maneiras de possivelmente ficar
melhor em nos infectar".
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