FecomercioSP: despesas
básicas das famílias aumentam 33% em 12 meses
Cálculo é feito com base
no IPCA, do IBGE
Publicado em 31/08/2021 -
15:12 Por Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Levantamento da Federação
do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP),
com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostrou que a média de preços das
despesas básicas das famílias, com os principais alimentos, combustíveis e
residência, aumentou 33% no país, nos últimos 12 meses.
A cesta de despesas
básicas é composta por itens como arroz, feijão-carioca, carnes, frango
inteiro, leite longa vida, óleo de soja, gás de botijão, energia elétrica
residencial, gasolina, etanol, óleo diesel e gás veicular.
A FecomercioSP avalia que
a inflação não concentrada e o fato de esses serem produtos essenciais para a
alimentação tornam ainda mais difícil para os consumidores economizarem. De
acordo com o levantamento, entre março de 2020 e julho de 2021 – período de
pandemia –, o avanço médio dos preços no Brasil, para esta cesta específica,
foi de 30,3%.
No mês de julho, a cesta
de despesas básicas das famílias influenciou 18% no orçamento das residências,
o que significa que a cada R$ 20 gastos com despesas básicas no mesmo período
do ano passado, equivale agora a quase R$ 27.
Quando se observa a participação das despesas com esses itens em relação ao total, há variação conforme se consideram as faixas de renda. A lista de despesas básicas representa 31,1% do orçamento de quem recebe até dois salários mínimos; 20% do orçamento para quem ganha de dois a dez salários mínimos; e 11%, na classe mais alta, com rendimento de 25 salários mínimos.
Entre os estados, o Piauí
tem a cesta mais cara, equivalendo, em média, a 32% do total das despesas das
famílias, mas podendo chegar a 43,3% do orçamento de famílias de baixa renda.
Quando a região apresenta
renda média mais alta, como são os casos de Distrito Federal, São Paulo,
Espírito Santo e Rio de Janeiro, a participação das despesas básicas no
orçamento da família fica no intervalo entre 14,3% e 19,5%. Na classe mais rica
do Distrito Federal, por exemplo, com mais de 25 salários mínimos, o porcentual
das despesas com os itens básicos de consumo equivale a 9,3% do rendimento do
trabalhador.
0 Comentários