Construção do muro em 1961 |
Há 60 anos era
erguido o Muro de Berlim, símbolo da Guerra Fria
Marco que
dividiu a Alemanha em dois territórios durou 28 anos
Publicado em 13/08/2021 -
12:29 Por Beatriz Evaristo - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
Ruas, praças e bairros
divididos da noite para o dia. Famílias separadas. Amigos do outro lado da
fronteira. Em 13 de agosto de 1961, a construção do Muro de Berlim, na
Alemanha, surpreendeu a população. O marco divisor entre Alemanha Ocidental e
Oriental foi mantido por 28 anos e se tornou símbolo da Guerra Fria.
De um lado, a República
Federal da Alemanha, conhecida em português pela sigla RFA, que seguiu o plano
de reconstrução do capitalismo norte-americano na Europa Ocidental. Do outro, a
República Democrática Alemã, com a sigla RDA, sob influência da União
Soviética.
Durante o período
pós-Segunda Guerra Mundial, estima-se que 2,7 milhões de alemães deixaram o
Leste da Alemanha por motivos políticos, econômicos e pessoais. Para impedir
esse êxodo e reafirmar a soberania do governo do lado oriental, a RDA colocou
em prática um plano ultrassecreto, chamado de Operação Rosa.
Na madrugada de um
domingo, as tropas da RDA fecharam a fronteira e deram início à construção de
um muro. Os moradores acordaram com barreiras de arames farpados onde ainda não
havia a estrutura de concreto. Pedestres não puderam mais transitar entre os
dois lados. A circulação de transporte rodoviário e ferroviário também foi
cortada.
Depois de pronto, o Muro
de Berlim tinha mais de três metros e meio de altura e mais de 110 quilômetros
de extensão. Toda a área era monitorada por guardas, com ordem de atirar em
quem tentasse furar o bloqueio.
De acordo com dados do
Memorial do Muro de Berlim, desde a construção até a queda, em 1989, pelo menos
140 pessoas foram mortas no local. Além disso, 251 pessoas morreram durante ou
após os controles de travessia.
O que restou do muro hoje
é um museu a céu aberto. Ali é possível aprender mais sobre os conflitos que
permearam a divisão do país e conhecer as histórias das vítimas, assim como ter
acesso a depoimentos de testemunhas oculares.
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