Para Caio Prado Jr., a formação brasileira se
completaria no momento em que fosse superada a nossa herança de inorganicidade
social ― o oposto da interligação com objetivos internos ― trazida da colônia.
Este momento alto estaria, ou esteve, no futuro. Se passarmos a Sérgio Buarque
de Holanda, encontraremos algo análogo. O país será moderno e estará formado
quando superar a sua herança portuguesa, rural e autoritária, quando então
teríamos um país democrático. Também aqui o ponto de chegada está mais adiante,
na dependência das decisões do presente. Celso Furtado, por seu turno, dirá que
a nação não se completa enquanto as alavancas do comando, principalmente do econômico,
não passarem para dentro do país. Como para os outros dois, a conclusão do processo
encontra-se no futuro, que agora parece remoto.
(SCHWARZ, R. Os sete fôlegos de um livro.
São Paulo: Cia. das Letras,1999)
Acerca das expectativas quanto à formação do
Brasil, a sentença que sintetiza os pontos de vista apresentados no texto é:
A) Brasil, um país que vai pra frente.
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