Crise da empresa chinesa
Evergrande faz bolsas do mundo despencarem
Ibovespa e Wall Street
foram afetadas; dólar fechou em alta de 0,78%
Publicado em 20/09/2021 -
18:25 Por Agência Brasil - Brasília
Notícias sobre um possível
calote da gigante do mercado de incorporações e construção civil chinesa Evergrande
- que atualmente possui a maior dívida de ativos do mundo, mais de US$ 300
bilhões - balançaram hoje (20) os mercados mundiais e geraram uma fuga ainda
maior de capital da empresa.
As ações da Evergrande,
que é responsável por cerca de 3,8 milhões de empregos em vários países, caíram
10,24% após o anúncio de que os juros da dívida da empresa não seriam pagos aos
credores, e fecharam o dia em US$ 2,28 - uma queda acumulada de 84,7% desde o
início do ano.
Em Wall Street, as
principais empresas de tecnologia registraram queda nos valores das ações.
Apple, Google (Alphabet), Tesla e Amazon figuram como principal influência
negativa do dia, tanto no índice de tecnologia quanto no S&P 500. O Dow
Jones fechou o dia com queda de 1,79% e a Nasdaq recuou 2,17%.
No Brasil, o impacto do
calote fez o Ibovespa despencar para o menor nível dos últimos 10 meses,
fechando o dia em 108.843 pontos - uma queda de 2,33%.
Segundo a agência de
notícias Reuters, o calote da Evergrande criou temores de uma crise imobiliária
chinesa que pode trazer consequências de larga escala para a economia global,
parecida com a crise em 2008 gerada pela bolha imobiliária nos Estados Unidos.
Impulsionado pelo temor de
uma crise generalizada, o dólar apresentou alta de 0,78%, e fechou o dia cotado
a R$ 5,32. Este é o maior valor da moeda norte-americana desde 23 de agosto,
quando foi cotada a R$ 5,38.
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