Erupção do vulcão nas
Canárias pode durar até 84 dias
Informação é do Instituto
Vulcanológico das Ilhas Canárias
Publicado em 22/09/2021 -
08:24 Por RTP - Madri
RTP - Rádio e Televisão de
Portugal
A erupção vulcânica de
Cumbre Vieja, na ilha espanhola de La Palma, pode durar entre 24 e 84 dias, com
média geométrica de cerca de 55 dias, segundo cálculos do Instituto
Vulcanológico das Ilhas Canárias (Involcan).
O instituto explicou, por
meio das redes sociais, que a duração da erupção é uma das perguntas que os
especialistas fazem frequentemente e, embora não seja fácil de responder, pode
ser calculada utilizando os dados conhecidos sobre a duração das erupções históricas
que ocorreram na ilha de La Palma.
De acordo com esses dados,
a última erupção vulcânica na ilha, a de Teneguía em 1971, durou 24 dias; a de
San Juan em 1949, 47 dias, e a de Charco em 1712, 56 dias.
A erupção do vulcão San
Antonio, datada entre 1667 e 1678, durou 66 dias; a do Tigalate, em 1646, durou
82 dias e a de Tehuya, em 1585, 84 dias.
Para o vulcão Tacande, que
entrou em erupção entre 1430 e 1440, não há dados sobre quanto tempo durou o
processo.
Com esses dados, o
Involcan calcula que a erupção atual, que começou no domingo (19), poderia
durar uma média de 55 dias, com um máximo de 84 dias e um mínimo de 24.
O Invocan também informou
que, segundo as suas medições, a erupção vulcânica em La Palma emitiu
diariamente entre 6.140 e 11.500 toneladas de dióxido de enxofre (SO2) para a
atmosfera.
O instituto diz que a área
afetada pelos fluxos de lava, desde domingo, totaliza agora 153 hectares, com
base em imagens de satélite do programa europeu Copernicus.
O último mapa fornecido
pelo programa europeu de monitorização de emergência mostra a situação às 8h14
da manhã dessa terça-feira (21).
A lava do vulcão Cumbre Vieja continua a arrastar tudo em seu caminho e desce em direção à costa da ilha de La Palma. Há o receio de que, quando se der o contato com a água do Oceano Atlântico, possam ser emitidos ainda mais gases tóxicos.
A erupção já causou a
retirada de 6.100 pessoas, incluindo 400 turistas "que foram afastados das
zonas de risco" e instalados em Tenerife, a maior das ilhas do arquipélago,
de acordo com declaração do governo regional das Ilhas Canárias, feita ontem ao
fim do dia.
Apesar dessa situação na
ilha de 85 mil habitantes, não houve mortos ou feridos, mas os danos são
enormes, acima de 400 milhões de euros, segundo o presidente da comunidade
autônoma das Canárias, Angel Victor Torres.
Até agora, a lava destruiu
185 prédios, 63 dos quais podem ser casas, informou o governo regional.
0 Comentários