Eleições,
no Império, eram um acontecimento muito especial. Nesses dias o mais modesto
cidadão vestia sua melhor roupa, ou a menos surrada, e exibia até sapatos,
peças do vestuário tão valorizadas entre aqueles que pouco tinham. Em contraste
com essa maioria, vestimentas de gala de autoridades civis, militares e
eclesiásticas ― tudo do bom e do melhor compunha a indumentária de quem era
mais que um cidadão qualquer e queria exibir em público essa sua privilegiada
condição.
(CAVANI,
S. Às urnas, cidadãos! In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Ano 3,
nº 26, nov. 2007)
No
Brasil do século XIX, a noção de cidadania estava vinculada à participação nos
processos eleitorais. As eleições revelavam um tipo de cidadania carente da
igualdade jurídica defendida nesse mesmo período por muitos movimentos europeus
herdeiros do Iluminismo devido à:
A)
exclusão dos analfabetos, que impedia a maioria da população de participar das
eleições.
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