No
clima das ideias que se seguiram à revolta de São Domingos, o descobrimento de
planos para um levante armado dos artífices mulatos na Bahia, no ano de 1798,
teve impacto muito especial; esses planos demonstravam aquilo que os brancos
conscientes tinham já começado a compreender: as ideias de igualdade social
estavam a propagar-se numa sociedade em que só um terço da população era de
brancos e iriam inevitavelmente ser interpretados em termos raciais.
(MAXWELL,
K. Condicionalismos da Independência do Brasil. O Império luso. Lisboa:
Estampa, 1966)
O
temor do radicalismo da luta negra no Haiti e das propostas das lideranças
populares da Conjuração Baiana (1798) levaram setores da elite colonial
brasileira a novas posturas diante das reivindicações populares. No período da
Independência, parte da elite participou ativamente do processo, no intuito de:
A)
instalar um partido nacional, sob sua liderança, garantindo participação
controlada dos afro-brasileiros e inibindo novas rebeliões de negros.
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