TEXTO
I
Canudos
não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo.
Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao
entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram
quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais
rugiam raivosamente cinco mil soldados.
(CUNHA,
E. Os sertões. 1987)
TEXTO
II
Na
trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do
extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda
Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao
serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim
estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo
e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território
nacional.
(SOARES,
H. M. A Guerra de Canudos, 1902)
Os
relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem uso de representações que se perpetuariam
na memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou
a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da:
A)
manipulação e incompetência.
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