Na
Bíblia, a criação do mundo é descrita a partir das ordens de um único ser, que
é Deus: “Disse Deus: Haja luz; e houve luz” (Gen., 1:3). Porém, em certos mitos
ameríndios, inclusive brasileiros, a criação do mundo é poeticamente
apresentada como resultado de um diálogo entre múltiplos espíritos. As linhas a
seguir servem como exemplo. Elas narram o surgimento de um desses espíritos
criadores (demiurgos): “Tendo florido (em forma humana) / Da sabedoria contida
em seu ser de céu / Em virtude de seu saber que se abre em flor, / Soube para
si em si mesmo / a essência da essência da essência das belas palavras
primeiras”.
(CESARINO,
Pedro de N. Os Poetas. Folha de S. Paulo. 18 jan. 2009: p. 6-7 - adaptado)
A
Bíblia trata da criação em linguagem poética. Analogamente, são poéticas as
linhas ameríndias acima citadas. Em geral, a poesia abriga diferenças de forma
e de conteúdo por:
A)
captar recursos disponíveis, para que diversos poetas possam ser
financeiramente pagos.
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