Em
meio às turbulências vividas na primeira metade dos anos 1960, tinha-se a
impressão de que as tendências de esquerda estavam se fortalecendo na área
cultural. O Centro Popular de Cultura (CPC) da União Nacional dos Estudantes
(UNE) encenava peças de teatro que faziam agitação e propaganda em favor da
luta pelas reformas de base e satirizavam o “imperialismo” e seus “aliados
internos”.
(KONDER,
L. História das Ideias Socialistas no Brasil. São Paulo: Expressão Popular,
2003)
No
início da década de 1960, enquanto vários setores da esquerda brasileira
consideravam que o CPC da UNE era uma importante forma de conscientização das
classes trabalhadoras, os setores conservadores e de direita (políticos
vinculados à União Democrática Nacional - UDN -, Igreja Católica, grandes
empresários etc.) entendiam que esta organização:
A)
constituía mais uma ameaça para a democracia brasileira, ao difundir a
ideologia comunista.
B)
contribuía com a valorização da genuína cultura nacional, ao encenar peças de
cunho popular.
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