Participei
de uma entrevista com o músico Renato Teixeira. Certa hora, alguém pediu para
listar as diferenças entre a música sertaneja antiga e a atual. A resposta dele
surpreendeu a todos: “Não há diferença alguma. A música caipira sempre foi a
mesma. É uma música que espelha a vida do homem no campo, e a música não mente.
O que mudou não foi a música, mas a vida no campo”. Faz todo sentido: a música
caipira de raiz exalava uma solidão, um certo distanciamento do país “moderno”.
Exigir o mesmo de uma música feita hoje, num interior conectado, globalizado e
rico como o que temos, é impossível. Para o bem ou para o mal, a música reflete
seu próprio tempo.
(BARCINSKI.
A. Mudou a música ou mudaram os caipiras? Folha de São Paulo, 4 jun. 2012 -
adaptado)
A
questão cultural indicada no texto ressalta o seguinte aspecto socioeconômico
do atual campo brasileiro:
A)
Crescimento do sistema de produção extensiva.
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