Ações para o clima na COP26 podem salvar milhões de vidas,
diz OMS
Cerca de 24,3% de mortes aconteceram por conta de riscos
ambientais
Publicado em 12/10/2021 - 10:18 Por Emma Farge - Repórter
da Reuters - Genebra
A Organização Mundial da Saúde e cerca de três quartos dos
profissionais de Saúde do mundo pediram ontem (11) que os governos adotem mais
ações pelo clima na conferência global climática COP26, apontando que isso pode
salvar milhões de vidas ao ano.
O relatório da agência sanitária da ONU sobre mudanças
climáticas e os pedidos da área por ações transformadoras em todos os setores,
incluindo energia, transporte e finanças, aponta que os benefícios de ações
ambiciosas em relação ao clima superam de longe seus custos.
"A queima de combustíveis fósseis está nos matando. As
mudanças climáticas são a principal ameaça de saúde que a humanidade
enfrenta", afirmou a OMS.
A OMS disse anteriormente que cerca de 13,7 milhões de
mortes por ano, ou cerca de 24,3% do total global, aconteceram por conta de
riscos ambientais como a poluição do ar e a exposição a químicos.
Não está claro exatamente quantos dessas mortes estão
diretamente ligados às mudanças climáticas, embora a diretora de Saúde Pública
e Meio Ambiente da OMS, Maria Neira, tenha dito que cerca de 80% das mortes por
conta da poluição do ar poderiam ter sido prevenidas se suas orientações fossem
cumpridas.
As mudanças climáticas também impulsionam algumas doenças
infecciosas como a dengue e a malária, causando mortes em algumas das regiões
mais pobres do planeta, segundo Diarmid Campbell-Lendrum, diretor da unidade de
Mudanças Climáticas da OMS.
"Nossa saúde não é negociável: estamos indo para
negociações sobre o clima, estamos negociando muitas coisas, mas a vida de uma
só criança, seja ela perdida para a poluição do ar ou para as mudanças
climáticas, não é algo que deveria estar na mesa", disse.
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