Caged: Brasil gera 313,9 mil empregos formais em setembro
Acumulado do ano chega a 2,5 milhões de novas vagas
Publicado em 26/10/2021 - 12:32 Por Andreia Verdélio -
Repórter da Agência Brasil - Brasília
O Brasil gerou 313.902 postos de trabalho em setembro deste
ano, resultado de 1.780.161 admissões e de 1.466.259 desligamentos de empregos
com carteira assinada. No acumulado de 2021, o saldo positivo é de 2.512.937
novos trabalhadores no mercado formal. Os dados são do Ministério do Trabalho e
Previdência, que divulgou hoje (29) as Estatísticas Mensais do Emprego Formal,
o Novo Caged.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade
total de vínculos celetistas ativos, chegou a 41.875.905, em setembro, o que
representa uma variação de 0,76% em relação ao mês anterior.
De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx
Lorenzoni, o país está mantendo a tendência dos últimos três meses de mais de
300 mil empregos novos por mês, o que é uma “demonstração clara da recuperação
formal da economia”. Para ele, a campanha de vacinação contra covid-19 tem sido
fundamental nessa retomada das atividades econômicas, mas ainda é preciso
avançar em programas de qualificação e recolocação profissional.
“O governo vibra muito com esse número, mas não esquece de
olhar para aqueles que estão hoje na informalidade, quer por falta de
oportunidade, quer por falta de qualificação. E nós precisamos ter esse olhar
duplo, de um lado aquele que tem hoje o seu emprego formal mantido, garantido e
ampliado no Brasil e por outro lado aquela parcela de quase 40 milhões de
brasileiros e brasileiras que precisa que o Estado olhe para eles e crie uma
rampa de ascensão para a formalização”, disse, durante coletiva virtual.
Em setembro, o Senado rejeitou o texto da Medida Provisória
(MP) 1.045/2021, que flexibilizava as regras trabalhistas para jovens.
Incrementado pela Câmara e apelidado de minirreforma trabalhista, o projeto
inicialmente restituia o programa de redução de jornada e salários para a
manutenção de empregos durante a pandemia, mas foi expandido para incluir
programas de incentivo ao emprego e à contratação de jovens.
Dados do mês
No mês passado, o saldo de empregos foi positivo nos cinco
grupamentos de atividades econômicas: serviços, com a criação de 143.418
postos, distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e
atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas;
indústria geral, que criou 76.169 novos empregos, concentrados na indústria da
transformação; comércio, saldo positivo de 60.809 postos; construção, mais
24.513 postos de trabalho gerados; e agricultura, pecuária, produção florestal,
pesca e aquicultura construção, que registrou 9.084 novos trabalhadores.
Dentro do setor de serviços, o ministro Onyx destacou a
criação de vagas no grupo alojamento e alimentação, com 31.763 novos postos, o
que mostra, segundo ele, a ampliação do turismo interno brasileiro. “Várias
áreas turísticas estão com reservas esgotadas e é importante destacar porque
essa é uma área da atividade formal que tem que ser olhada com atenção, porque
tem potencial de crescimento enorme no nosso país”, disse.
Saldo positivo
Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração
de emprego, sendo que houve aumento de trabalho formal nas 27 unidades da
federação. Em termos relativos, dos estados com maior variação na criação de
empregos em relação ao estoque do mês anterior, os destaques são para Alagoas,
com a abertura de 16.885 postos, aumento de 4,73%; Sergipe que criou 6.097
novas vagas (2,2%); e Pernambuco, com saldo positivo de 25.732 postos (2,01%).
Os estados com menor variação relativa de empregos em
setembro, em relação a agosto, são Rondônia, que teve criação de 388 postos,
aumento de 0,15%; Amapá, com saldo positivo de 281, alta de 0,4%; e Mato Grosso
do Sul, que encerrou o mês passado com mais 2.776 postos de trabalho formal,
crescimento de apenas 0,49%.
Em todo o país, o salário médio de admissão em setembro de 2021 foi de R$ 1.795,46. Comparado ao mês anterior, houve redução real de R$ 18,11 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 1%.
As estatísticas completas do Novo Caged estão disponíveis
na página do Ministério do Trabalho e Previdência. Os dados também podem ser
consultados no Painel de Informação do Novo Caged.
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