Inflação em setembro foi maior para as famílias de renda
menor
Índice foi de 1,3% para renda muito baixa e de 1,09% para
renda alta
Publicado em 15/10/2021 - 11:42 Por Akemi Nitahara –
Repórter da Agência Brasil - Rio de Janeiro
O Indicador de Inflação por Faixa de Renda acelerou para
todas as faixas no mês de setembro, mas revelou uma inflação mais acentuada
para as famílias de renda muito baixa, com índice de 1,3%, enquanto o grupo de
renda alta ficou em 1,09%. Os dados foram divulgados hoje (15) pelo Instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A inflação para o segmento de renda baixa foi de 1,2% no
mês, para a renda média baixa, 1,21%, e para o segmento de renda média alta foi
de 1,04%.
Segundo o instituto, o grupo habitação exerceu a maior
pressão inflacionária para as famílias dos três segmentos de renda mais baixa.
Para as famílias de renda muito baixa, pesaram os reajustes de 6,5% das tarifas
de energia elétrica, de 3,9% do gás de botijão e de 1,1% dos artigos de
limpeza. Já os alimentos em domicílio foram puxados especialmente pelas frutas
(5,4%), aves e ovos (4%) e leites e derivados (1,6%).
As três faixas de renda mais alta repetiram o impacto
sofrido em agosto, com peso maior no grupo de transportes, influenciada pelos
reajustes de 2,3% da gasolina, de 28,2% das passagens aéreas e de 9,2% dos
transportes por aplicativo.
No acumulado de 12 meses, a inflação para o grupo de renda
muito está em 10,98%; a renda baixa acumula 10,72%; a renda média baixa está em
10,64%; a média tem alta de 10,09%; o grupo de renda média alta tem inflação em
12 meses de 9,32% e o grupo de renda alta teve inflação de 8,91%.
O Ipea aponta que para as famílias de renda muito baixa
pesaram no acumulado do ano o aumento nos preços dos alimentos no domicílio,
como carnes (24,9%), aves e ovos (26,3%) e leite e derivados (9%), além dos
reajustes de 28,8% da energia e de 34,7% do gás de botijão.
Para as famílias com maiores rendimentos, a inflação
acumulada sofreu impacto das variações de 42% dos combustíveis, de 56,8% das
passagens aéreas, de 14,1% dos transportes por aplicativo e de 11,5% dos
aparelhos eletroeletrônicos.
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