Texto
I
Se eu
tenho de morrer na flor dos anos.
Meu
Deus! não seja já;
Eu
quero ouvir na laranjeira, à tarde,
Cantar
o sabiá!
Meu
Deus, eu sinto e bem vês que eu morro
Respirando
esse ar;
Faz que
eu viva, Senhor! dá-me de novo
Os
gozos do meu lar!
Dá-me
os sítios gentis onde eu brincava
Lá na
quadra infantil;
Dá que
eu veja uma vez o céu da pátria,
O céu
de meu Brasil!
Se eu
tenho de morrer na flor dos anos,
Meu
Deus! Não seja já!
Eu
quero ouvir cantar na laranjeira, à tarde,
Cantar
o sabiá!
(ABREU,
C. Poetas românticos brasileiros. São Paulo: Scipione, 1993)
Texto
II
A
ideologia romântica, argamassada ao longo do século XVIII e primeira metade do
século XIX, introduziu-se em 1836. Durante quatro decênios, imperaram o “eu”, a
anarquia, o liberalismo, o sentimentalismo, o nacionalismo, através da poesia,
do romance, do teatro e do jornalismo (que fazia sua aparição nessa época).
(MOISÉS,
M. A literatura brasileira através dos textos. São Paulo: Cultrix, 1971 -
fragmento)
De
acordo com as considerações de Massaud Moisés no Texto II, o Texto I centra-se:
A) no
imperativo do “eu”, reforçando a ideia de que estar longe do Brasil é uma forma
de estar bem, já que o país sufoca o eu lírico.
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