Cárcere
das almas
Ah!
Toda a alma num cárcere anda presa,
Soluçando
nas trevas, entre as grades
Do
calabouço olhando imensidades,
Mares,
estrelas, tardes, natureza.
Tudo
se veste de uma igual grandeza
Quando
a alma entre grilhões as liberdades
Sonha
e, sonhando, as imortalidades
Rasga
no etéreo o Espaço da Pureza.
Ó
almas presas, mudas e fechadas
Nas
prisões colossais e abandonadas,
Da Dor
no calabouço, atroz, funéreo!
Nesses
silêncios solitários, graves,
que
chaveiro do Céu possui as chaves
para
abrir-vos as portas do Mistério?!
(CRUZ
E SOUSA, J. Poesia completa. Florianópolis: Fundação Catarinense de Cultura,
1993)
Os
elementos formais e temáticos relacionados ao contexto cultural do Simbolismo
encontrados no poema Cárcere das almas, de Cruz e Sousa, são:
A) a
opção pela abordagem, em linguagem simples e direta, de temas filosóficos.
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